De acordo com investigação, esquema ocorria há três anos. Suspeito cobrava R$ 50, caso interessado buscasse atestado em Santa Maria, e R$ 100, se precisasse entregar.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, na sexta-feira (10), um homem acusado de vender atestados médicos falsos e fazer entregas à domicílio. Segundo a corporação, o esquema ocorria há três anos, e a encomenda dos atestados era feita via WhatsApp. .
As investigações começaram depois que um médico legista da Polícia Civil identificou que o próprio nome e registro profissional estavam sendo usados de maneira irregular (veja detalhes abaixo).
foto : falsos atestados apreendidos
De acordo com os investigadores, para diminuir os riscos, o homem só aceitava pedidos por indicação de outras pessoas que já haviam usado o serviço. O suspeito cobrava R$ 50, caso o interessado buscasse o atestado em Santa Maria, e R$ 100, se precisasse fazer o delivery.
Falsificações
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Segundo as investigações, o médico legista registrou ocorrência após tomar conhecimento das falsificações, usadas em várias empresas do DF para justificar afastamento de funcionários.
De acordo com a polícia, os atestados possuíam classificações internacional de doenças (CIDs) inconsistentes. Em um caso, por exemplo, o atestado apontava entorse e fraturas no pé, mas as imagens de raio-x diziam o contrário.
Por causa desses erros, as empresas encaminhavam os atestados ao Conselho Regional de Medicina do DF (CRM-DF), e o médico precisava responder processos administrativos e justitficar a situação, afirma a Polícia Civil.
Após as investigações, a corporação identificou que o suspeito, morador de Santa Maria, conseguiu desviar centenas de atestados de um hospital do DF.