Forças de segurança atuaram para garantir ordem e integridade de motoristas, passageiros e pedestres em todas as regiões do Estado
foto : PM segue para rodovias para atuar em desobstrução das pistas junto da PRF, como determinado pelo ministro Alexandre de Moraes
Ação integrada da Polícia Militar (PM) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), conforme determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, acabaou com os bloqueios em rodovias realizados por caminhoneiros e empresários bolsonaristas em território goiano.
Rodovias em Goiás, e em diversos outros estados, foram “tomadas” por caminhoneiros e empresários bolsonaritas descontentes com o resultado da eleição presidencial no domingo (30). Com os protestos, os manifestantes pediam intervenção militar para impedir que o presidente eleito, Lula (PT), tome posse.
O plano de operação definido pelo Governo de Goiás foi acionado para desarticular ocupações e/ou interdições ao longo de rodovias estaduais e atendeu decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) encaminhada à Procuradoria Geral do Estado de Goiás (PGE-GO).
Todas as desocupações se deram pacificamente.
A atuação das forças de segurança estaduais desmobilizou, nesta terça-feira (1), ocupação em 30 pontos diferentes de rodovias goianas.
A Orientação de Cumprimento de Decisão Judicial (OCD) foi emitida pela PGE-GO, em atendimento à decisão do STF, e buscou, por meio das forças de segurança do Estado, a liberação das vias para garantir a ordem e a integridade de todas as pessoas nos locais de interdição, entre motoristas, passageiros e pedestres.
A PM goiana segue dando suporte para a Polícia Rodoviária Federal (PRF) no intuito de também encerrar manifestações remanescentes nas rodovias federais que cortam o Estado.
Entenda o caso
Caminhoneiros e empresários bolsonaristas, que não aceitam os resultados das urnas após apuração da corrida presidencial, que apontou vitória de Lula sobre Bolsonaro, com uma margem muito pequena, começaram a bloquear rodovias em todo Brasil como forma de protesto e impor sua vontade acima da democracia.
Vale ressaltar que nenhuma associação, confederação ou sindicato da categoria, em nível nacional ou estadual, de caminhoneiros reconheceu as manifestações como da classe, pelo contrário, houveram notas de repúdio contra o ato isolado do grupo extremista que apoia o presidente Bolsonaro.
Determinação de Moraes
Ainda na noite dessa segunda-feira (31), o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou que os Governos Estadual e Federal adotem “todas as medidas necessárias e suficientes” para liberar as rodovias em Goiás, onde havia pelo menos oito pontos de bloqueios, e nos demais pontos “fechados” pelos manifestantes em todo país.
O pedido foi feito pela CNT (Confederação Nacional dos Transportes) e aceito pelo ministro.
No documento, Moraes aponta “omissão e inércia” da PRF na desobstrução das vias e impõe multa por hora aos proprietários de caminhões, a partir da meia-noite desta terça (1º), afastamento e prisão em flagrante do diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Silvinei Vasques, por crime de desobediência, caso a decisão não seja cumprida.
Em nota, a Justiça Federal em Goiás determinou que os manifestantes “se abstenham de impedir ou dificultar o trânsito nas rodovias federais localizadas no estado, sendo obrigatório o imediato cumprimento”.



