Cristiano Gomes da Silva tem 45 anos e está foragido, segundo Polícia Civil. Mandado de prisão foi expedido pela delegacia de Brazlândia; suspeito nega acusações.
A Polícia Civil do Distrito Federal indiciou Cristiano Gomes da Silva, que se dizia líder religioso, pelos crimes de violação sexual mediante fraude e estupro. Conforme a 18ª DP, de Brazlândia, ao executar supostos rituais de limpeza espiritual ele abusava das vítimas.
Por meio de um vídeo, Cristiano – que também é professor de artes marciais – se disse inocente. Ele afirmou ser vítima de calúnia e negou as acusações. Segundo o delegado Mozeli da Silva, um mandado de prisão contra Cristiano, que tem 45 anos, foi expedido na sexta-feira (25). Ele é considerado foragido.
A Polícia Civil pede a quem tiver informações que denuncie pelo site da PCDF ou por meio do Disque Denúncia 197.
Conforme a investigação, Cristiano Gomes da Silva é sacerdote de uma religião de matriz afro-brasileira. As organizações religiosas disseram nesta segunda-feira (28) que repudiam esse tipo de conduta e que apoiam a investigação (veja nota abaixo).
O que diz a Federação de Umbanda e Candomblé de Brasília e Entorno
“A Federação de Umbanda e Candomblé de Brasília e Entorno, por intermédio de seu Presidente e Diretores, vem se manifestar sobre as notícias veiculadas nas mídias e redes sociais de crimes supostamente cometidos pelo Sacerdote Cristiano Gomes da Silva.
Cumpre esclarecer a comunidade de Brasília e Entorno, que as religiões de matriz africana e ameríndias repudiam veementemente qualquer tipo de atividade ilícita e que a atividade criminosa veiculada não está ligada a nenhuma prática religiosa deste segmento.
A Federação se solidariza com as possíveis vítimas e torce para que o caso seja esclarecido com a maior brevidade possível.
Entendemos que, embora tais práticas não sejam pertinentes ao culto, o quanto essas notícias causam impacto negativo e maculam a imagem das religiões Afro e Ameríndia em nosso pais.
Orientamos ainda aos nossos Filiados e a Comunidade Religiosa, que não façam nenhum apontamento ou julgamento prévio sobre o presente caso, vez que a legislação pátria reserva o direito ao contraditório e a ampla defesa e que ninguém poderá ser considerado culpado até o total julgamento do caso.
No mais a Federação de Umbanda e Candomblé de Brasília e Entorno se coloca a disposição para eventual esclarecimento e apoio aos envolvidos.”