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Operação prende 14 suspeitos de manter ‘disque-drogas’ e apreende carros de luxo, motos aquáticas e bens avaliados em R$ 7 milhões

Ao todo, 13 pessoas foram detidas na Grande Goiânia, onde laboratório de drogas também foi fechado. Um suspeito de ser líder do esquema criminoso foi preso em casa de luxo no Pará.

foto : operação

Uma operação prendeu 14 suspeitos de manter um “disque-drogas”, em Goiás e no Pará. Segundo a Polícia Civil, o usuário fazia o pedido da droga por telefone ou aplicativo de mensagens e um entregador levava o entorpecente no local combinado, na Grande Goiânia. Durante a ação, a PC também apreendeu carros de luxo, motos aquáticas e outros bens avaliados em R$ 7 milhões. A Operação Haustórios foi deflagrada no dia 30 de novembro. No dia, 13 pessoas foram detidas em Goiânia, Senador Canedo, Trindade e Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Segundo a PC, o 14º preso, que é o suspeito de ser o líder do esquema, foi detido em uma casa de luxo em Santarém, no Pará.

De acordo com a polícia, também foram cumpridos 37 mandados de busca e apreensão, sendo que ainda falta um para ser feito. Até esta terça-feira (6), ainda há outros cinco mandados de prisão em aberto.

O delegado Fabrício Flávio, da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc), que coordenou a operação, disse que a investigação durou mais de um ano e teve como alvo um suposto esquema criminoso voltado para o tráfico de drogas, na modalidade “disque-drogas”. O investigador explicou que o esquema funcionava da seguinte forma: o usuário entrava em contato com a central de vendas por telefone ou WhatsApp e recebia a droga no local desejado por um entregador, geralmente motoboys.

Segundo a polícia, o suposto líder do esquema, identificado como Cristiano, foi detido em uma casa de luxo onde morava, em Santarém. O delegado apurou que ele se mudou para o Pará para fugir de uma facção criminosa que o ameaçava de morte em Goiás, tendo, inclusive, sofrido tentativas de homicídio. No estado paraense, o suspeito teria aberto pelo menos duas empresas com o objetivo de dar “legalidade” aos valores que ele arrecadava com o tráfico de drogas. Ao todo, a corporação apreendeu, em Goiás e no Pará, 25 carros, duas moto aquáticas, 30 celulares, cinco armas de fogo e mais de R$ 300 mil em dinheiro. Entre os carros apreendidos está uma Mercedes Benz, três Toyota/Hillux e uma Chevrolet/TrailBlazer

Do laboratório até a entrega

As investigações apuraram ainda que o grupo operava em um grande laboratório de drogas, no Setor Bueno, em Goiânia, que foi desmanchado pela polícia em janeiro deste ano. No local, eram recebidas as drogas em estado bruto, como pasta base de cocaína e, após o refino, os suspeitos as embalavam em porções individuais para o tráfico. Após isso, a polícia descobriu um segundo laboratório, coordenado pelo mesmo suspeito, que funcionava em um apartamento no Setor Jardim Atlântico, na capital goiana. Este local foi fechado pela Polícia Civil no dia que a operação foi deflagrada.

Do laboratório, a droga era distribuída para entregadores, que levavam os entorpecentes até os usuários. O delegado disse que a logística de entrega das drogas era “organizada”, tendo, inclusive, escala de trabalho e folga para os entregadores. Além disso, os suspeitos só faziam negócios com clientes que já eram cadastrados. Durante a operação, a Polícia Civil apreendeu mais de 1 mil envelopes com cocaína embalada, pronta para o tráfico, além de 9 kg de cocaína refinada e mais 12 kg de insumo. A polícia disse que, além de Cristiano, outros suspeitos, entre presos e foragidos, também se beneficiavam do crime, abrindo lojas de compra e venda de veículos usados para lavar dinheiro. O delegado disse que eles devem responder por tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Segundo ele, as penas totais, se aplicadas no máximo, podem chegar a 33 anos de reclusão.

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