Juíza não concede absolvição e manda marcar julgamento de jovem acusada de matar namorado com agulha de narguilé

De acordo com delegado responsável pela investigação, Eduardo Rodovalho, inicialmente, havia a suspeita de que Adailton teria passado mal e sofrido um infarto. Depois, a equipe notou a perfuração com a agulha, a qual é usada para furar o papel alumínio que encobre o carvão e, assim, ocorrer a liberação de calor para aquecer a essência do narguilé. Ele foi atingido no coração pela agulha de narguilé. “A lesão foi única, certeira e fatal. Ele agonizou por pouco tempo e depois já veio a óbito”, disse o investigador. Em análise prévia de provas do processo contra Nicole Maria Ferreira, acusada de matar o namorado com uma agulha de narguilé, a juíza Patrícia Carrijo não concedeu de ofício a absolvição sumária da jovem e mandou marcar a audiência de julgamento.

Narguilé encontrado no local do crime

A defesa de Nicole Ferreira disse, nesta quinta-feira (8), que ela agiu em legítima defesa ao ser agredida pelo namorado, Adailton Gomes Abreu, durante uma discussão. A data do julgamento ainda não foi definida. O crime aconteceu em setembro de 2020 e foi motivado, segundo a polícia, por uma discussão por um pastel de feira. Adailton Gomes morreu na casa da namorada, no Residencial Village Garavelo, em Aparecida de Goiânia. Nicole responde ao processo em liberdade. Inicialmente, ela foi denunciada por homicídio qualificado, mas uma decisão da Justiça, de junho deste ano, mudou a tipificação do crime para lesão corporal seguida de morte. A defesa de Nicole explicou que a desclassificação de homicídio para lesão corporal acontece quando o réu não age com a intenção de matar. A pena também diminui de até 30 anos para homicídio para até 12 anos para lesão corporal.