Ibaneis foi alvo de operação da PGR na sexta-feira (20); ele é investigado no inquérito do Ministério Público Federal que apura conduta de autoridades durante ataques terroristas em Brasília. Político está no Piauí e diz não ter ligação com golpistas que atacaram os três Poderes.
foto : Ibanês Rocha
A defesa do governador afastado do Distrito Federal disse neste sábado (21) que Ibaneis Rocha (MDB) irá entregar seu telefone celular à Polícia Federal na segunda-feira (23). Ibaneis foi alvo de uma operação da Procuradoria-Geral da República na sexta-feira (20).
A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão no Palácio do Buriti, na casa e no escritório de advocacia de Ibaneis. Segundo assessores, o governador afastado está em sua fazenda, no Piauí, e volta no domingo (22) para a capital federal.
“O governador estava fora de Brasília por ocasião da busca em sua residência, mas faz questão de que o seu telefone seja periciado, pois, como já dito, ele não tem nada a esconder e é o maior interessado na plena apuração dos fatos”, diz o advogado Cleber Lopes.
Na operação desta sexta-feira também foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão contra o ex-secretário executivo da Segurança Pública do DF Fernando de Souza Oliveira – um na casa dele e outro na secretaria.
A ação ocorreu a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), a partir de inquérito do Ministério Público Federal que apura a conduta de autoridades de Estado durante a invasão das sedes dos 3 Poderes, no dia 8 de janeiro.
Oliveira respondia como secretário de Segurança à época, durante viagem de férias de Anderson Torres – ex-ministro de Justiça do governo Bolsonaro que havia sido nomeado por Ibaneis para comandar a Secretaria de Segurança do DF. Anderson Torres está preso em Brasília.