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Irmão do ex-secretário de Saúde de Goiás é preso suspeito de desvio de dinheiro em OS durante a pandemia

Ex-gestor é alvo de busca e apreensão. Empresa é suspeita de fraude na prestação de serviços médicos em hospitais.

Uma operação da Polícia Civil investiga uma empresa suspeita de fraude na prestação de serviços médicos em hospitais de Goiás. Daniel Alexandrino, irmão do ex-secretário Saúde, Ismael Alexandrino, foi preso em São Luís de Montes Belos. O ex-gestor público é alvo de busca e apreensão em Goiânia.

Daniel Alexandrino é suspeito de corrupção e desvio de dinheiro. Ele é médico cirurgião vascular e angiologista. Segundo a investigação, ele seria dono de uma empresa registrada no nome de laranjas e que prestaria serviços a uma organização social.

São cumprido três mandados de prisão temporária e 17 de busca e apreensão. Bens dos investigados também foram bloqueados. A Polícia Civil informou que uma coletiva de imprensa, marcada para 11h, dará mais detalhes sobre as investigações.

Investigações

As investigações começaram após a polícia receber informações sobre irregularidades nos contratos de gestão da OS Instituto Brasileiro de Gestão Compartilhada (IBGC), que teria terceirizado o serviço para a empresa Amme Saúde. Ela seria registrada em nomes de laranjas, mas pertenceria, na realidade, a Daniel Alexandrino.

A OS é responsável por administrar cinco hospitais no estado. Nos contratos com o Hospital Estadual de Itumbiara e as Policlínicas das Regionais de São Luís dos Montes Belos e da cidade de Goiás, a suspeita é que houve um direcionamento à empresa terceirizada por meio de processos de contratações simulados.

O valor dos contratos entre a Secretaria de Estado da Saúde, a IBGC e a Amme Saúde é de mais de R$ 10 milhões. Os crimes investigados são de organização criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso, advocacia administrativa e de lavagem de dinheiro.

Ex-secretário

Ismael Alexandrino foi secretário de Saúde entre 2019 e 2022. Atualmente, ele é deputado federal pelo PSD e fez parte da equipe de transição do governo do presidente Lula.

O ex-secretário de Saúde já foi alvo de investigação em outubro de 2021. Na época, a investigação apurava contratações – supostamente superfaturadas – de empresas de radiologia e imagem pelo Instituto de Gestão Estratégica em Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), que administa o Hospital de Base (HB-DF). Alexandrino foi diretor do hospital.

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