O documento faz referência à morte do sargento Welton da Silva Veiga, baleado em confronto com policiais civis no bairro Jardim Calixto na manhã da última sexta-feira (27), em Anápolis
O Ministério Público (PM) de Goiás segue na investigação das circunstâncias da morte Welton da Silva Veiga, baleado durante confronto com policiais civis no bairro Jardim Calixto na manhã da última sexta-feira (27), em Anápolis (55 km de Goiânia), e encaminham ofício ao secretário de Segurança Pública do Estado, Renato Brum dos Santos, solicitando informações sobre o episódio. O documento pede informações detalhadas sobre a ocorrência e as providências adotadas até o momento pelas autoridades, bem como a gravação integral, sem cortes, em mídia, da ação policial. Assinam o ofício as promotoras e os promotores Bruno Henrique da Silva Ferreira, Camila Fernandes Mendonça, Denis Augusto Bimbati Marques, Eliseu Antônio da Silva Belo, Liana Antunes Vieira Tormin, Luís Guilherme Martinhão Gimenes e Yashmin Crispim Baiocchi de Paula e Toledo.
O sargento Welton da Silva respondia a ação penal aberta a partir das apurações da Operação Malavita, deflagrada, em outubro de 2022, pelas Polícias Civil e Militar, em parceria com a Força Nacional e o MP-GO. Na apuração, foi possível identificar o envolvimento de policiais civis e militares com o tráfico de drogas em Anápolis. Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública e Justiça, em razão da disputa por espaço para a comercialização de entorpecentes, os agentes públicos cometeram crimes como homicídios, extorsão e sequestros no município. O nome da ação conjunta faz referência à palavra italiana que significa marginalidade, submundo. Foram cumpridos, à época, 20 dos 23 mandados de busca, apreensão e prisão expedidos em que os alvos eram outros militares e policiais civis.
foto : local do Confronto
O policial militar Welton da Silva Veiga foi morto a tiros durante confronto com policiais civis no bairro Jardim Calixto na manhã desta sexta-feira (27), em Anápolis (a 55 km de Goiânia). Na ocasião, os dois agentes da polícia foram à casa do acusado, que é sargento, para cumprir mandado de prisão, mas foram recebidos à bala. Informações preliminares apontam que os investigadores foram baleados e tiveram que ser encaminhados para um hospital da cidade, onde receberam atendimento médico.
O tiroteio deixou moradores da região em pânico.
A prisão contra o militar, que trabalhava no 24° Batalhão, teve origem devido à investigação sobre a Operação Malavita, no qual identificou o envolvimento de militares e civis com o tráfico de drogas na cidade. Conforme o Ministério Público de Goiás, pela disputa de local para a comercialização do crime, policiais cometeram crimes como homicídios, extorsão e sequestros. Welton, chegou a ser indiciado por organização criminosa e extorsão.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública afirmou que “equipes especializadas da Polícia Civil, com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar de Goiás, foram à residência de um policial militar, em Anápolis, para cumprirem mandado de prisão e de busca e apreensão”, mas alegou que as investigações seguem em caráter sigiloso.