Ação da Polícia Federal é desdobramento da Operação Parasita, da Polícia Civil, que apura desvio de R$ 6 milhões em Goiás.
Os agentes da Polícia Federal apreenderam durante a Operação Sepse, deflagrada nessa quinta-feira (02), seis carros, alguns de luxo, computadores e documentos de acusados de desvio de dinheiro do SUS (Sistema Único de Saúde) repassado para Organização Social (OS) Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH), que administrava quatro hospitais públicos de Goiás: HMAP, Aparecida de Goiânia, os hospitais municipais de Pirenópolis e Jaraguá, além do Hurso, de Santa Helena, durante a pandemia causada pela covid, que teve início no ano de 2020.
A operação da PF é um desdobramento da Operação Parasita, da Polícia Civil, deflagrada em 2021 em Goiás, que apurou desvio de R$ 6 milhões por meio de uma espécie de “rachadinha”.
À época, as investigações da Polícia Civil revelaram que o IBGH comprava materiais e insumos hospitalares destinados principalmente ao combate da pandemia. Porém, em manobra de direcionamento de contratos, empresas de fachada registradas em nome de laranjas foram contratadas em regime de urgência.
Após o pagamento das despesas, parte do dinheiro era devolvido para gestores da OS, em esquema de lavagem de dinheiro.
As investigações ainda revelaram indícios de emissão de notas fiscais falsas pelas empresas de fachada para justificar o recebimento de recursos públicos, assim como que em alguns casos os materiais contratados não teriam sido entregues, ou foram entregues em menores quantidades, ou com qualidade reduzida.
Como envolvia dinheiro do SUS, ou seja, do Governo Federal, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que a PF assumisse o caso.