A presença de Geraldo Alckmin, vice-presidente da República, e de outros ministros do governo na feira nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), não caiu bem entre os membros da bancada ruralista na Câmara dos Deputados, que estudam romper com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Para o grupo, a presença de membros do governo no evento reforça a ideia de que o Governo Federal está sendo complacente com as invasões de terras que vem ocorrendo por todo o país.
Também não pegou bem a fala de Lula, chamando de “fascistas” os organizadores da Agrishow, principal feira agropecuária do país, que desconvidaram o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD). Além disso, a presença do líder do MST, João Pedro Stédile na comitiva que acompanhou Lula até a China também incomodou os representantes dos produtores rurais no Congresso.
Para tentar reverter a situação, na semana que vem deve ser realizado um almoço de Alckmin com os ruralistas, como uma tentativa de aproximação. Além disso, Fávaro prometeu um aporte de R$ 200 milhões do Orçamento da União para o Plano Safra, principal linha de financiamento do setor.