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Governo Lula pode ter “teste” de G. Dias em CPMI com depoimento à CPI do DF

Articulação da base do governo Lula no Congresso barrou depoimento do general G. Dias na CPMI, mas oitiva em CPI do DF acontece dia 22

Figura emblemática na disputa de narrativas sobre o 8 de Janeiro, o general Gonçalves Dias será ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, em andamento na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). O depoimento está marcado para a próxima quinta-feira (22/6), em um cenário que pode servir como “teste” para o governo Lula (PT).

G. Dias é alvo de requerimentos para prestar esclarecimentos à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso, mas uma articulação governista vem barrando a convocação, rejeitada na última terça-feira (13/6). Após esse movimento, a oposição a Lula chegou a protocolar quatro novos pedidos, em 24 horas, para ouvir o general.

Marco Edson Gonçalves Dias era o ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República no 8 de Janeiro. Pressionado após a divulgação de imagens que mostram o general circulando pelo Palácio do Planalto em meio às invasões bolsonaristas, ele acabou pedindo exoneração.

Enquanto a polêmica da oitiva do ex-ministro toma conta do debate a nível federal, a CPI do DF, mais discreta, servirá como uma espécie de experimento, com ao menos quatro distritais mais inclinados ao bolsonarismo questionando possíveis responsabilidades do governo Lula quanto às invasões dos prédios públicos em janeiro deste ano.

O presidente da CPI, Chico Vigilante (PT), afirmou que o próprio Exército garantiu a presença de G. Dias na próxima semana.

“Acredito que ele não vai adoecer até dia 22. Porque está uma moda de depoente apresentando atestado dizendo que está doente. Queremos que ele esclareça a situação de ele estar dentro do Palácio [no dia 8]. Ele pediu para adiar o depoimento porque saiu uma declaração na imprensa de que ele teria falsificado documentos, e o general quer vir aqui, com toda a documentação, para provar que não falsificou nada. Essa é a informação que os advogados deles passaram para a gente.”

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