Bem-vindo – 19/06/2025 07:03

Prometia ” Orgasmos ” Ginecologista é preso por crime de violação sexual no DF

Em uma única delegacia, em Taguatinga, há mais de 10 inquéritos contra médico, diz Polícia Civil. Segundo Conselho Regional de Medicina, ginecologista foi suspenso por 30 dias e ‘informações correm em sigilo processual’.

Um ginecologista foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal nesta quinta-feira (6), pelo crime de violação sexual mediante fraude. Conforme o delegado da 12º DP, somente na delegacia de Taguatinga Sul há mais de dez inquéritos contra o médico Celso Satoru Kurike.

De acordo com o Conselho Regional de Medicina (CRM-DF), “o referido médico teve suas condutas apuradas através de Processo Ético Profissional que resultou na aplicação de penalidade de suspensão de 30 dias (conforme previsto no artigo 22, alínea “D”, da Lei n° 3268/57), por infração aos artigos 38 e 40 do Código de Ética Médica, em fevereiro do ano passado”. O CRM-DF informou ainda que o processo corre em sigilo.

Mandado de prisão

A Justiça havia expedido um mandado de prisão preventiva contra o médico, a pedido da polícia, após várias denúncias de mulheres que foram vítimas do ginecologista. Conforme a investigação, ele fazia as pacientes acreditarem que estavam sendo submetidas a um procedimento necessário quando, na verdade, o ginecologista “praticava atos libidinosos”.

Celso Satoru Kurike foi encontrado na região do Entorno do DF e trazido para a carceragem da Polícia Civil.

O médico pediu, então, que a paciente respondesse a algumas perguntas desconcertantes, o que lhe causou estranheza. Ele queria saber, por exemplo, quantos parceiros sexuais a vítima havia tido ao longo da vida, se costumava sentir dores durante a relação sexual e se tinha dificuldades de chegar ao orgasmo. Logo após tais questionamentos, o ginecologista pediu que a mulher tirasse a roupa e vestisse um avental.

Toque no clitóris

Ainda de acordo com o depoimento da vítima à PCDF, após fazer o exame nas mamas e a coleta do exame preventivo, tudo corria dentro de uma aparente normalidade, até o médico tocar em seu clitóris e iniciar movimentos circulares. Em seguida, Celso Satoru teria dito que aquele ponto “é o local onde as mulheres sentem prazer”.

Em choque, a vítima não esboçou reação. Na sequência, o médico disse que a ajudaria a parar de sentir dores e passou a espetar agulhas pelo corpo da mulher que eram semelhantes às de acupuntura. Assustada, a paciente se levantou, foi ao banheiro, trocou de roupa e foi embora.

Quando a mulher se preparava para deixar o consultório, o médico ainda disse que, caso ela tivesse “dificuldades para chegar ao orgasmo, ele ajudaria”. O advogado de defesa de uma das vítimas afirmou que a semelhança nos depoimentos serve como prova cabal dos crimes cometidos pelo profissional de saúde.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *