De acordo com a apuração, o golpista foi até a imobiliária dizendo que tinha interesse em visitar uma casa que estava disponível no mercado.
Policiais do 4º Batalhão da Polícia Militar (Guará) prenderam um estelionatário que vinha dando golpes, explorando o mercado imobiliário. O golpista, identificado como William Camela Barbosa, copiava anúncios de imobiliárias postados na internet, simulava ser o dono do imóvel e forjava a locação para as vítimas, que pagavam as calções com receio de perder o negócio.
O caso foi registrado na 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul). De acordo com as apurações, o golpista foi até a imobiliária dizendo que tinha interesse em visitar uma casa que estava disponível para locação. Com isso, pegou as chaves por volta de 8h e garantiu que devolveria às 10h.
No entanto, o estelionatário já havia publicado anúncios falsos e atraído algumas vítimas, que foram até ao imóvel, no Guará, para conhecer a propriedade. Com várias famílias interessadas, o golpista recebeu transferência via Pix feito por um interessado que não queria perder a oportunidade.
Desconfiança
Funcionários da corretora de imóveis desconfiaram do golpe quando um cliente ligou afirmando que haviam anúncios idênticos aos da empresa publicados na OLX, mas com valores diferentes. Uma funcionária da imobiliária foi até a casa e flagrou o momento em que dois casais estavam na casa sendo recebidos pelo golpista.
A Polícia Militar foi acionada e o suspeito conduzido à delegacia. Antes de ser levado, o golpista já havia recebido cerca de R$ 1,4 mil transferidos por uma vítima que tinha o desejo de garantir a locação do imóvel. O falsário chegou a fazer uma espécie de falso leilão para ver a família que pagaria mais pela suposta locação da casa.
Segundo o delegado Sérgio Bautzer, plantonista da 1ª DP, o autor não tem antecedentes criminais, mas outros golpes supostamente envolvendo o suspeito estão sendo apurados.. “As vítimas representaram criminalmente contra ele. O indiciado permanecerá à disposição da Justiça até a realização da audiência de custódia”, disse.