Militares eram casados e tinham filhos. O tenente-coronel Alessandro Arantes diz que a morte dos policiais deixa um vazio.
Pais e profissionais dedicados, é assim que o tenente-coronel Alessandro Arantes descreve os policiais militares que morreram afogados durante uma perseguição, em Cristalina, no Entorno do Distrito Federal. O cabo Wenderson André da Silva Alves, de 31 anos, e o soldado Pedro Felipe Moreira da Nóbrega, de 33, morreram quando procuravam por um foragido.
Wenderson e Pedro atuavam na 32ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM). Segundo relato da PM, viram o foragido na margem de um rio fugindo e, ao perceber a chegada dos policiais, fugiu para o mato. Para capturá-lo, os policiais tentaram atravessar o rio nadando, porém, após cerca de 15 metros, Wenderson cansou e, na tentativa de ajudá-lo, Pedro também se afogou.
Pais dedicados
Os dois policiais eram casados. O Pedro tinha uma filha de um 1 ano e 8 meses e Wenderson tinha um casal de enteados de 8 e 7 anos. “Eles eram pais de família, pais dedicados e vão fazer muita falta”, lamenta Arantes. Para o tenente-coronel, a morte dos dois policiais deixa um vazio na corporação, nas famílias deles e nos amigos. “Foram policiais diferenciados”, alega.
Profissionais exemplares
Arantes lembra que os colegas de profissão sempre cumpriram as missões que atuavam na corporação. “Eles iniciavam pela manhã, faziam educação física e saiam para o patrulhamento. Eles cumpriam as ordens e operações diárias”, conta. O tenente-coronel ainda detalha que os dois atendiam ocorrências que chegavam pelo 190, denúncias anônimas e da Central de Inteligência.
Segundo o tenente-coronel, Wenderson e Pedro tinham mais de 40 elogios de ocorrências operacionais. “Eles participaram de muitas ocorrências de apreensão, tráfico de drogas e foragidos da justiça com alta periculosidade. São inúmeras ocorrências que eles participaram. Arantes também é Comandante Regional do Entorno Sul e, nesse cargo, também avalia o trabalho deles.