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DF amanhece sem ônibus mesmo após decisão contra greve dos rodoviários

Pedindo reajuste salarial com ganhos acima da inflação, rodoviários do DF aprovaram a greve da categoria a partir desta segunda (6/11)

Rodoviários do Distrito Federal amanheceram de braços cruzados nesta segunda-feira (6/11). Usuários do transporte público enfrentam dificuldades desde as primeiras horas do dia em longas filas no Metrô e em coletivos piratas lotados. No centro de Taguatinga, diversas pessoas aguardam nas paradas de ônibus desde antes das 6h.

A auxiliar de serviços Maria Dalva Figueiredo, 50 anos, mora em Águas Lindas de Goiás e saiu de casa às 4h para ir ao trabalho, no Riacho Fundo 2.

“As empresas de Goiás estão circulando normalmente. O problema vai ser pegar um ônibus aqui no DF. A alternativa vai ser ou o transporte pirata ou retornar para casa”, destacou Maria Dalva.

Na Estação do Metrô Praça do Relógio, em Taguatinga, os trens chegam lotados e há grandes filas para embarque.

A empregada doméstica Isabel Pereira, 46, saiu de Ceilândia por volta das 6h e chegou a Taguatinga às 6h35.

“Já sabia da greve e procurei sair de casa um pouco antes. Costumo vir trabalhar de ônibus. A parada fica bem em frente à rua onde eu moro. Hoje, peguei o Metrô e vou chegar a tempo. Apesar de estar lotado, a minha sorte é que ainda posso usar o Metrô como alternativa”, comentou Isabel.

Greve decretada no domingo

A decisão dos rodoviários foi tomada durante assembleia nesse domingo (5/11). Os trabalhadores reivindicam, desde agosto, um acordo coletivo com as empresas de transporte público para conseguir um reajuste salarial, com ganhos acima da inflação. A Justiça, porém, suspendeu o movimento.

A decisão do presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10), desembargador Alexandre Nery de Oliveira, avalia que a categoria “avançou em aparente abuso do direito de greve” por não ter informado sobre a greve aos usuários do transporte coletivo em tempo hábil.

Ainda foi estipulada uma multa de R$ 10 mil por hora de descumprimento, “sem prejuízo de eventual agravamento, em caso de recalcitrância”.

Uma audiência entre as partes está marcada com o objetivo de evitar que os ônibus parem de circular na capital. A reunião será às 14h, no edifício do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10).

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