Nas redes sociais, a mulher expôs um vídeo de conversas que teve com Davi Passamani, líder da igreja Casa, quando ele faz perguntas íntimas e fala sobre sexo com ela

Denunciado pelo mesmo crime em março de 2020, o pastor Davi Vieira Passamani, líder da Igreja Casa, em Goiânia, foi novamente acusado de importunação sexual por uma fiel. Nas redes sociais, a mulher expôs um vídeo de conversas que teve com Davi, quando ele faz perguntas íntimas e fala sobre sexo com ela. No boletim de ocorrência registrado na última terça-feira (19), a vítima relata que o pastor ligou para ela em vídeo, mostrou o pênis e pediu para que ela gemesse.
Ainda segundo a vítima, que não teve a identidade revelada, ela procurou o líder religioso para pedir conselhos por problemas no relacionamento. No entanto, Davi usou uma rede social para começar as conversas, como se estivesse aconselhando a mulher. “Do que mais sente falta no seu relacionamento? […] Por que a maioria sempre sente mais falta de sexo, mas isso não é problema pra você, né?”, escreveu o religioso, como mostram prints e vídeos do momento da digitação.
O relato da jovem à polícia diz ainda que ela contou a situação para o namorado, que começou a acompanhar a conversa e fez as filmagens. De acordo com ela, durante uma madrugada, já no WhatsApp, ele ligou algumas vezes por áudio e vídeo, quando chegou a mostrar o órgão genital. Em outras ligações de áudio, descreveu diversas fantasias sexuais e pediu a jovem que gemesse para ele ouvir.
“Ele terminou de se auto satisfazer e, no final, ele fez a respiração que estava gozando, depois disso ele desligou a ligação e continuou mandando mensagens, porém a declarante não respondeu mais”, diz o boletim de ocorrência. Quando foi denunciado em 2020, a vítima disse que o caso havia ocorrido em meados de 2019, mas por medo, ela não tinha denunciado.
A denúncia foi formalizada na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Goiânia, que investigou e encaminhou um inquérito ao Ministério Público (MP). A denúncia chegou ao Poder Judiciário. À época, Passamani foi afastado de suas funções, mas voltou pouco tempo depois e negou o crime. Apesar disso, afirmou ter procurado ajuda psicológica.



