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Mulher vítima de feminicídio estrangulada pelo marido, é sepultada em Valparaíso

O corpo de Diana Faria Lima, 37 anos, 2ª vítima de feminicídio deste ano, foi enterrado na tarde desta terça-feira (16/1), no Cemitério Jardim Metropolitano, em Valparaíso de Goiás. O velório ocorrerá na Capela 2, a partir das 15h30 e seguirá até 16h30, quando ocorrerá o sepultamento.

A mulher foi morta estrangulada pelo marido, Kelsen Oliveira de Macedo, 42, em Ceilândia, na manhã de segunda-feira (15/1). De acordo com a delegada Letízia Lourenço, chefe da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher 2 (Deam 2), vizinhos ouviram o som de pancadas e gritos, mas ninguém acionou a polícia. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) informou que o próprio companheiro da vítima ligou para os bombeiros. Porém, Kelsen alegou que Diana tomava banho, quando teria supostamente usado cocaína e caído, com sangramento pela boca e pelos ouvidos.

Diana também “apresentava lesão no rosto e afundamento da traqueia”, segundo a PMDF. “O solicitante [quem ligou para a polícia], que é companheiro da vítima, informou que ela era dependente química e estava sob efeito de cocaína. Ele fugiu do local”, completou a corporação. Segundo Letízia, quem acionou os bombeiros foi o próprio agressor, que fugiu logo em seguida. “Chegaram a fazer manobras de ressuscitamento, mas, infelizmente, essa mulher veio a óbito. Somente depois desse fato é que a PMDF e a PCDF foram acionadas. Nesse momento, o autor já havia empreendido fuga”, disse.

O relacionamento do casal era marcado por violência. Há, inclusive, 11 ocorrências de agressão física registradas. “O último registro foi em outubro. A PCDF tomou as providências cabíveis, instaurou inquérito, então não sabemos em quais circunstâncias eles continuaram se relacionando e nem como ele ainda tinha acesso a essa mulher”, finalizou. Conforme relatado pelos vizinhos da vítima, Diana tinha um filho que morava com a mãe dela, no Nordeste.

Feminicida preso

Na tarde dessa segunda-feira, Kelsen foi até a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) 2, em Ceilândia, com advogado, e decidiu ficar em silêncio. Os agentes ressaltaram ao advogado que o autor não foi apresentado de forma espontânea, já que a apresentação aconteceu quase 12 horas depois.

O homem coleciona inúmeras passagens pela polícia. desde 2010, o homem é denunciado às autoridades por agredir, ameaçar e injuriar mulheres que já passaram pela vida dele, incluindo a própria mãe.

Apesar de já ter sido preso três vezes por crimes relacionados à Lei Maria da Penha, Kelsen logo voltou a ganhar liberdade, após as vítimas solicitarem a retirada de queixas e medidas protetivas garantidas a elas contra ele.

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