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‘Lobo de Wall Street’: entenda esquema de falsos investimentos que causou prejuízo de R$ 16 milhões a brasileiros

Caso veio à tona em março de 2023, quando Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou operação para desarticular organização criminosa. Suspeito foi extraditado ao Brasil nesta quinta-feira (1°); outras seis pessoas aguardam extradição.

Um esquema sediado em Lisboa, em Portugal, e inspirado no filme “O Lobo de Wall Street” causou prejuízo de, pelo menos, R$ 16 milhões a investidores brasileiros. Nesta quinta-feira (1°), um dos suspeitos de integrar a organização criminosa foi extraditado ao Brasil.

O caso veio à tona em março de 2023, quando a Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou uma operação para desarticular a organização criminosa. À época, seis pessoas foram presas preventivamente em Lisboa.

O esquema, segundo a investigação, era estruturado e contava com divisões de funções. Inicialmente, um dos suspeitos, David Souckup, de nacionalidade Tcheca, montou uma indústria de fraudes eletrônicas em Portugal com objetivo de fazer ataques contra cidadãos brasileiros.

A ideia era criar empresas de corretagem fantasmas e montar um call center, que simulavam números brasileiros. Os suspeitos convenciam as vítimas de que a empresa era legal e os convenciam a investir em operações indicadas pelos “corretores”.

No entanto, os investimentos eram fictícios e geravam perdas para as vítimas. Os suspeitos justificam o ocorrido com perdas na bolsa de valores. A cada perda milionária, as vítimas eram induzidas a investir mais, encorajados pelos criminosos a “reverter” as perdas. Quando as vítimas não tinham mais dinheiro, elas eram bloqueadas pelos suspeitos.

Para atrair o máximo de vítimas, David Soukup contratou 120 funcionários brasileiros para trabalhar em uma empresa supostamente de publicidade. No entanto, a companhia era de fachada e funcionava como um call center de captação de vítimas brasileiras.

Os próprios funcionários faziam a ligação para as vítimas e as induziam a fazer os supostos investimentos que nunca existiram. A própria empresa ficava com o dinheiro desviado das vítimas, que era remetido ao exterior por criptomoedas.

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