Bem-vindo – 27/04/2025 14:00

Professora que emprestou celular para aluno tirar foto e teve fotos íntimas vazadas, é demitida em Goiás.

Bruna Flor de Macedo Barcelos foi demitida da Escola Estadual Doutor Gerson De Faria Pereira, em Alto Paraíso de Goiás, após ter fotos íntimas vazadas por estudantes

A professora de história Bruna Flor de Macedo Barcelos foi demitida da Escola Estadual Doutor Gerson De Faria Pereira, em Alto Paraíso de Goiás, após ter fotos íntimas vazadas por estudantes. A professora denunciou que se sentiu “violada e violentada” após os estudantes acessarem pastas privadas do seu celular e compartilharem suas fotos nuas.

De acordo com o fato, Bruna havia emprestado seu celular para os alunos tirarem fotos de um evento escolar, que seriam usadas posteriormente em uma atividade pedagógica. No entanto, os alunos acessaram pastas particulares e compartilharam as imagens com os demais colegas.

A gestão da escola soube do ocorrido após uma coordenadora ver diversos estudantes reunidos olhando uma foto de Bruna nua.

“Eu trabalhei até o quinto horário normalmente, sem saber de nada, enquanto estava todo mundo já sabendo da situação. Eu só soube às 18 horas quando a diretora, no final do dia, me chamou para uma reunião”, disse a professora.

Após o incidente, Bruna contou que passou a ser destratada no ambiente escolar por parte de colegas e da gestão.

Em resposta a um ofício em defesa da professora, a escola afirmou que o regimento escolar estipula que os professores não podem emprestar seus celulares de uso pessoal aos alunos. A instituição também destacou que as decisões foram tomadas em conformidade com o Estatuto da Criança e do Adolescente, que preconiza a proteção integral das crianças e seus direitos.

Bruna defendeu que o celular foi emprestado porque a escola não tinha aparelhos que fizessem filmagem e que o registro do evento, que fazia parte do Mês da Consciência Negra, era importante.

“Solicitar que estudantes façam o registro de uma atividade é dotá-los de autonomia, tem valor imprescindível para um ser humano livre e cidadão”, afirmou.

O caso segue em investigação pela Polícia Civil.

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