O suspeito teria negociado, no ano passado, a venda de um terreno da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) com um empresário local
Nas primeiras horas desta terça-feira (14), uma operação desencadeada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) teve como alvo o atual chefe de gabinete do deputado distrital Iolando (PSC), Marcelo Gonçalves da Cunha. Cunha, que é ex-administrador regional de Brazlândia, foi surpreendido com um mandado de busca e apreensão em sua residência, localizada na região. É importante ressaltar que o parlamentar não é alvo das investigações.
Embora a PCDF não tenha confirmado oficialmente a identidade do investigado, Cunha estaria envolvido em um esquema de corrupção durante seu mandato como administrador regional. De acordo com as investigações conduzidas pela 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia), o suspeito teria negociado, no ano passado, a venda de um terreno da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) com um empresário local, e atualmente estaria envolvido em outra negociação de um lote público com uma rede de supermercados.
O lote em questão, localizado às margens do Lago Veredinha, em uma área nobre da região administrativa, é avaliado em mais de R$ 1 milhão. Cunha teria facilitado uma transação fraudulenta para que o empresário adquirisse o terreno. O empresário, que possui comércios na cidade, chegou a instalar água e luz no terreno antes de ser preso pela equipe da 18ª DP em 25 de abril, durante a primeira fase da Operação Colombo. Atualmente, ele está em liberdade provisória.
Além disso, a apuração da Polícia Civil revelou que, em 2022, Cunha teria recebido valores de diversos empresários que forneceram tendas e equipamentos de som e iluminação para três grandes eventos realizados em Brazlândia, com organização da administração.
Há suspeitas de que laranjas tenham sido utilizados por Cunha para ocultar a movimentação financeira ilícita. Esses valores supostamente teriam sido ocultados e dissimulados em contas bancárias de parentes dos investigados.