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Com salários atrasados, médicos de Goiânia anunciam paralisação por tempo indeterminado

A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, responsável pelos contratos e pela gestão dos pagamentos aos médicos, emitiu uma nota informando que o pagamento dos salários atrasados será realizado ainda esta semana

Médicos de Goiânia, credenciados na Secretaria Municipal de Saúde, anunciam paralisação dos atendimentos a partir da próxima segunda-feira (11) e por tempo indeterminado. A decisão de suspender as atividades foi motivada por atrasos constantes nos pagamentos dos profissionais, além da falta de insumos e condições dignas de trabalho nas unidades de saúde da Capital.

A presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás (Simego), Franscine Leão, afirmou que a greve afetará todas as unidades que contam com médicos credenciados, incluindo Centros de Atenção Integrada à Saúde (Cais), Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e postos de saúde. Apesar da greve, os atendimentos de urgência serão mantidos para garantir que casos críticos continuem recebendo atenção médica, como determina a lei.

“A situação não é homogênea. Alguns profissionais estão com cinco meses de salários atrasados, outros estão com apenas um. Está insustentável trabalhar com a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia”, afirmou.

Embora ainda não haja uma estimativa precisa de quantos médicos aderirão à greve, o Simego prevê que uma grande parte dos profissionais paralisará os atendimentos, exceto os de urgência. Diferente das paralisações temporárias realizadas anteriormente para alertar sobre a situação, desta vez, os médicos decidiram suspender os serviços por tempo indeterminado.

As atividades só devem ser retomadas quando os atrasos forem regularizados e as condições de trabalho melhoradas.

Em resposta à situação, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, responsável pelos contratos e pela gestão dos pagamentos aos médicos, emitiu uma nota informando que o pagamento dos salários atrasados será realizado ainda esta semana. No entanto, a promessa de regularização não foi suficiente para evitar a deflagração da greve, que reflete a insatisfação generalizada entre os profissionais de saúde da cidade.

Enquanto a cidade se prepara para lidar com os impactos da paralisação, a expectativa é de que as negociações avancem rapidamente para garantir a retomada dos serviços e a melhoria das condições de trabalho dos profissionais da saúde.

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