Rapper disse que se policial for demitido, pode trabalhar de segurança pra ele
A Corregedoria da Polícia Militar do Rio de Janeiro abriu um inquérito para investigar um policial que tirou uma selfie com o rapper Oruam, filho do traficante Marcinho VP. O caso ganhou repercussão após a imagem ser publicada pelo próprio cantor em uma rede social no dia 17 de janeiro. No vídeo, Oruam aparece sem camisa ao lado do agente fardado, enquanto outro policial e uma viatura estão ao fundo. Na legenda, ele escreveu: “Gângster do bem”.
A investigação foi instaurada porque policiais não podem “tietar” artistas durante o expediente. O comandante-geral da PM, coronel Marcelo Menezes de Nogueira, explicou os motivos da apuração. “Determinei a abertura de inquérito policial militar, de cunho interno, a ser realizado pela corregedoria. Não farei julgamento preliminar, mas entendo que não é recomendável associar um órgão policial a um rapper que exalta o fato de ser filho de traficante”, disse.
Em entrevista ao Metrópoles, Nogueira ainda destacou que a conduta do policial não reflete a posição da corporação. “À medida que o policial está fardado, a serviço da segurança do estado, efetivamente minha visão é que não é desejável essa conduta. Repudio a posição do policial. Ela não representa a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro”, completou.
Diante da repercussão, Oruam se pronunciou nesta terça-feira (4), lamentando a situação e afirmando que está sendo injustiçado. “Eu não tenho um dia de paz. Ele só queria um vídeo para a filha dele. Não tenho culpa do pai que eu tenho. Não sou bandido, sou artista. Eles criam um monstro, eles querem que eu me revolte. Ele pediu um vídeo para filha dele”, declarou.
A PM informou que o policial já foi ouvido pela Corregedoria e deu sua versão dos fatos. Sua identidade não foi divulgada.
