Curso foi idealizado para ajudar homens a estudar vulnerabilidades masculinas e desenvolver o autocuidado
O publicitário Daniel Bittar, de 34 anos, é o idealizador de um curso que se propõe a ajudar homens a estudar vulnerabilidades masculinas e desenvolver o autocuidado. O centro de encontro funciona em uma casa de 600 m² localizada em um bairro nobre de São Paulo, e tem registrado procura alta – principalmente por gays. Jornalistas do site G1 conheceram o centro e trouxeram informações sobre o curso, cujo valor inicial é de R$ 2,5 mil por aluno. Esse custo pode aumentar (se o estudante se hospedar na casa durante o curso), ou diminuir (há descontos para negros, indígenas, pessoas não-binárias, trans e menores de 25 anos).
As cifras podem chegar a R$ 22 mil caso o aluno queira de hospedar em Ilhabela, onde Daniel também ministra o seu curso (mas com cinco dias de duração). Os ambientes são ricos em figuras simbólicas de místicas, como a cabeça de um deus egípcio, pedras coloridas e o quadro de uma deusa indiana. Nenhuma das atividades é obrigatória. No decorrer do retiro, os alunos são incitados a discutir e desenvolver pontos como acesso a sentimentos via conexões interpessoais, ritual de autoaceitação da nudez e acolhimento da vulnerabilidade, e aprendizado sobre meditação.
Durante o processo, segundo o G1, alguns participantes choram e são confortados por Daniel Bittar. “Essa sensação de choro é normal”, declarou o professor. “Todo mundo pode sentir emoções aqui. O curso é para isso. Porém, vocês só podem entrar em uma catarse [emocional] se estiverem seguros.” Em outro exercício, relacionado à aceitação da nudez, os alunos são convidados a ficar apenas de cueca. “Caso você [aluno] se sinta excitado, inspire a energia das genitais para o coração e exale por todos os poros da pele”, orientou o publicitário.
Além dos cursos, Bittar oferece ainda sessões individuais de massagem Neo Tântrica, com duração de aproximadamente 3,5 horas e um custo de R$ 900. “Esse tipo de terapia envolve massagem corporal e terapêutica”, diz ele.
Por G1
