Bem-vindo – 23/06/2025 14:00

Funcionários de frigorífico desviam carne nobre para vender em açougues

Durante operação de monitoramento na unidade da rede SuperVi, localizada no Centro de Anápolis, os policiais civis flagraram o momento em que o motorista e seu ajudante apresentavam indícios da fraude.

O Grupo Especial de Investigações Criminais (Geic) e do Ponto Focal Rural de Anápolis, deflagrou, na manhã desta quarta-feira (30), a Operação Balança da Justiça, que resultou na prisão em flagrante de dois indivíduos, pelo crime de estelionato. De acordo com a Polícia Civil, eles são responsáveis por um esquema de desvio e comercialização ilegal de carne bovina, durante entregas realizadas em redes de supermercados da cidade.

A investigação teve início após recebimento de denúncia anônima informando que parte da carga de carnes entregues pelo Frigorífico Anicuns estava sendo desviada de maneira fraudulenta. A ação criminosa ocorria por meio da manipulação do processo de pesagem da mercadoria, com uso de pesos de chumbo ocultados sob as roupas do entregador, de modo a simular peso compatível com o descrito nas notas fiscais, quando na realidade os cortes de carne entregues eram mais leves e os cortes nobres, desviados para posterior revenda.

Durante operação de monitoramento na unidade da rede SuperVi, localizada no Centro de Anápolis, os policiais civis flagraram o momento em que o motorista e seu ajudante apresentavam indícios da fraude. Na abordagem, foram localizados sacos com pesos totalizando 7,2 kg escondidos sob as vestes de um dos suspeitos, confirmando a denúncia. A fraude teria gerado um prejuízo estimado em 90 kg de carne não entregue.

Os detidos confessaram participação na prática criminosa e foram autuados em flagrante pelo crime de estelionato. Ambos relataram que a carne desviada era repassada a açougues locais, que estão sendo investigados pela possível receptação qualificada. As investigações seguem em andamento, com a apuração da eventual participação de outros integrantes da cadeia de distribuição e de receptadores da carne ilícita.

A identificação/nome do frigorífico e do supermercado foi publicada conforme despacho do delegado responsável pelo inquérito, nos termos da Lei nº 13.869/2019 e da Portaria nº 547/2001-PCGO, com o objetivo de identificar outros supermercados vítimas do mesmo esquema criminoso.

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