O grupo criminoso utilizava técnicas sofisticadas de engenharia social, falsificação de documentos públicos e manipulação de dispositivos de segurança para invadir contas empresariais
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, à Propriedade Imaterial e a Fraudes (DRCPIM/CORF), deflagrou na manhã desta quarta-feira (11/6) a operação Fiducia Fracta. A ação teve como objetivo desarticular uma associação criminosa interestadual especializada em fraudes bancárias de grande vulto, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro.
De acordo com as investigações, o grupo criminoso era altamente estruturado e utilizava técnicas sofisticadas de engenharia social, falsificação de documentos públicos e manipulação de dispositivos de segurança para invadir contas empresariais. Os criminosos subtraíram mais de R$ 4,9 milhões de uma empresa sediada no Distrito Federal.
Após o golpe, os valores foram transferidos para empresas de fachada, utilizadas para dissimular a origem ilícita dos recursos, configurando crime de lavagem de dinheiro. Durante as apurações, a PCDF identificou o envolvimento de um funcionário de uma instituição financeira, que teria acessado ilegalmente os dados bancários da vítima, facilitando a execução da fraude.
A operação foi deflagrada de forma simultânea no Distrito Federal, São Paulo e Paraíba, com o cumprimento de três mandados de prisão temporária e mandados de busca e apreensão. A Justiça do DF também determinou o bloqueio judicial de valores, visando à recuperação dos prejuízos e à preservação dos ativos vinculados ao crime.
Entre os presos estão o funcionário do banco, apontado como colaborador direto da fraude; o mentor do esquema criminoso; e o responsável pela ocultação e dissimulação dos valores desviados.
As investigações continuam com o objetivo de identificar outras vítimas e possíveis coautores ou partícipes ainda não localizados, buscando a completa desarticulação da quadrilha.
