A cafetina presa tem mais de 30 ocorrências e foi alvo da operação que ocorreu nesta quinta feira 09/10,
O Jornalismo investigativo do radar valparaíso news investigou até obter informações sobre um esquema de rufianismo chefiado por David Ferreira Pinto, mulher trans e cafetina conhecida por Juliana, uma vez presa pela polícia civil pelos crimes de extorsão e tráfico de pessoas.
O portal conversou com algumas das vítimas da cafetina que conseguiram fugir da casa, durante a entrevista sigilosa, foi revelado um esquema violento de rufianismo e tráfico de pessoas e cárcere privado com ameaça de morte, as vítimas da cafetina informaram que, não estão mais em Valparaíso, e vieram de outro estado convidadas pela cafetina para trabalhar fazendo programas e conseguiram fugir para outros estados.
Como são atraídas
As vítimas dizem que todas são convidadas pela cafetina para vir para Valparaíso, entorno do DF, com a promessa de passar alguns dias tentando se adaptar com direito a estadia, alimentação e sem obrigações de financiar custos.
Disse a vítima, “Como a casa parece uma república, e com vários travestis no local, para os mais antigos existem camas beliches, para quem está chegando, colchonete no chão, eu já estranhei quando cheguei, local insalubre, correndo risco de doenças e assim é o período de adaptação” Disse a travesti que conseguiu fugir.
Período de adaptação
Perguntado, a travesti disse que ficou cerca de uma semana no que a cafetina chama de “ período de adaptação “ caso a travesti resolva ficar, aí vem as surpresas e a situação muda, caso ela decida ir embora vem a conta.
“Caso a travesti, fala que vai embora, ela tem pagar, um valor estipulado pela cafetina para ir embora, valor este que que sempre a travesti não tem, ela sequestra todos os bens da pessoa até que o valor se pago, desta forma, não deixando outra alternativa de para pessoa, tudo isso seguido de ameaças de morte e punição caso a vítima diga que vai chamar a polícia” falou a travesti que passou tudo e foi embora da cidade.
Rufianismo
Durante a reportagem foi perguntado como eram feitos os pagamentos que caracteriza o crime de rufianismo, Art. 230 – Tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça.
Pix na conta
A vítima chegou a dizer que as travestis hospedadas na casa, época que ficou no local ano de 2024, elas eram obrigadas a pagar uma diária de R $70,00 reais a cafetina, os pagamentos eram feitos diariamente na conta da cafetina, dinheiro ou pix na conta.
Caso a travesti não tivesse para pagar no dia, ela então ficava em débito que seria cobrado no outro dia, o portal apurou que muitas travestis por estar endividadas com a cafetina são submetidas a ter comidas negadas, não poder tomar banho, e outras formas de punições, deixa claro que a cafetina comete inúmeros crimes.
Prisão da cafetina
Na manhã desta quinta-feira (09/10), a Operação Mercado Sombrio, destinada ao cumprimento de dois mandados de prisão preventiva e três mandados de busca e apreensão.
As investigações tiveram início a partir de informações encaminhadas pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), que indicavam, além da prática de violência doméstica e familiar que fundamentou os mandados de prisão, a possível ocorrência de tráfico de drogas e exploração sexual vinculada a um dos investigados, em imóvel situado no bairro Jardim Céu Azul.
