Objetivo é conscientizar servidores e usuários sobre o tratamento igualitário

A UBS 1 de Santa Maria transformou a semana em um espaço de diálogo e celebração em torno do Dia da Consciência Negra, lembrado nesta quinta-feira (20). A unidade promoveu diversas atividades voltadas a usuários e profissionais, reforçando a importância do enfrentamento ao racismo no cotidiano.
Ao longo da programação, o público pôde visitar exposições temáticas, assistir a palestras, acompanhar desfiles protagonizados pela equipe da UBS e participar de momentos de movimento corporal, como a capoterapia. O clima de integração ainda se estendeu às barracas de comidas típicas e artesanato, que ajudaram a destacar elementos da cultura afro-brasileira.
A gerente da UBS, Joelma Batista, explica que a finalidade é informar toda a comunidade, inclusive profissionais, sobre questões raciais, como palavras inadequadas e a importância de tratar todos igualmente. “Viemos conscientizar os servidores e usuários para que tenham um entendimento correto das nossas palavras, além de reforçar a importância de tratar o paciente com equidade e qualidade”, declarou.
Para a diretora de Atenção Primária da Região de Saúde Sul, Regiane Martins, a data e o evento representam uma valorização dos dons oriundos da cultura negra. “Há toda uma questão cultural que precisa ser valorizada. É algo muito bonito ver as pessoas motivadas e que se doam. O melhor recurso que temos são os funcionários que temos e este evento é muito brilhante”, afirma.
Representação
Uma das atividades realizadas foi um desfile com as profissionais de saúde, que usaram roupas representativas da descendência africana. A estagiária da área de enfermagem, Elisabete Nunes, 43, conta que decidiu participar da ação para inspirar a filha. “Estou aqui para representar o Dia da Consciência Negra e para mostrar para minha filha que todos nós, independente da cor, temos empoderamento”, declarou.
A estagiária Ester Teixeira, 22, viu na ação uma oportunidade de inspirar outras meninas e mulheres negras a se sentirem belas. “Decidi vir caracterizada para mostrar que, por muito tempo, pessoas negras foram vistas como pessoas feias. Mas as pessoas negras são bonitas e amadas. Vim para mostrar para a sociedade que nós, sim, podemos estar em destaque em qualquer lugar que nós possamos estar. Por isso, vim caracterizada para levar essa referência para novas meninas que estão chegando na nossa comunidade”, concluiu.



