Bem-vindo – 27/04/2025 04:37

Adolescente de 13 anos engravida ao ‘brincar de roleta russa’

Professora revelou o caso em podcast e explicou o que é a prática

Uma adolescente de 13 anos engravidou ao “brincar de roleta russa”. O caso ganhou repercussão após a professora Andrea Vermont revelar a situação no podcast 3 Irmãos e explicar como funciona a prática.

“Você sabe o que é roleta russa? Os meninos se sentam em várias cadeiras, ficam com ereção e as meninas passam sentando”, detalhou a educadora. Segundo a professora, a aluna contou a ela a situação e ainda disse não saber quem era o pai. “[Ela me disse:] ‘E eu engravidei em uma roleta russa, então, eu não sei de quem [engravidei]’.”

O caso, conforme a docente, foi em uma escola com mensalidade de R$ 2 mil. Além disso, outras jovens participaram da “brincadeira”. Ela disse, ainda, que deu apoio emocional à jovem para que ela não perdesse o ano escolar, além de orientar os pais [não só os dela] a conversarem com os filhos sobre educação sexual.

A psicóloga especialista em sexualidade Ana Paula Nascimento destaca que o caso é alarmante, principalmente por conta da idade dos envolvidos. “Mostra um caso de hipersexualidade precoce e a exposição à violência simbólica”, comenta.

“É muito preocupante quando falamos dessa normalização de assuntos que são sérios para adultos e são tratados como brincadeiras por crianças. Por isso, é essencial ter diálogo sobre autoconhecimento, corpo, consentimento e tudo que envolve o sexo”, explica.

Importância da educação sexual

Ana Paula acrescenta que a educação sexual é essencial para ajudar na prevenção de abusos. “A crianças e adolescentes mas bem informados identificam toques impróprios. A informação é proteção, e o silêncio é vulnerabilidade”, emenda.

A profissional acrescenta que desmistificar mitos e tabus para fortalecer a autoestima e identidade ensina que sexualidade não é só sexo, como também corpo, afeto, emoções, limites, respeito e escolhas. Engloba, ainda, cidadania e saúde.

“É importante que os pais saibam que vocês não precisam ter todas as respostas, porém, precisam criar um ambiente aberto e seguro para conversar”, prossegue Ana. Caso eles tenham interesse em educar os filhos sobre a temática, alguns conselhos são uteis, como não julgar as perguntas, responder com linguagem adequada para a idade, e se não souber, buscar ajuda junto ao seu filho.

 

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