Delegacia especializada e Conselho Tutelar, de Águas Lindas, investigam participação da filha mais velha nas agressões

O caso da mãe presa por torturar o próprio filho de 14 anos, em Águas Lindas, no Entorno do Distrito Federal, ganhou novos desdobramentos. Em depoimento, o adolescente revelou que a irmã de 17 anos era obrigada a se prostituir. Segundo ele, a jovem frequentemente chegava em casa reclamando dos homens que a mãe arranjava, mas ela negou as acusações.
A mulher foi presa em flagrante na última quinta-feira (25), após amarrar o filho com uma extensão elétrica e agredi-lo com socos e chutes. De acordo com a Polícia Civil, a filha mais velha participou do ataque.
Em conversa com o Conselho Tutelar e a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), o menino contou que essa não foi a primeira vez que passou por episódios de violência. Ele relatou que era frequentemente enforcado, mordido e humilhado com palavras cruéis. Segundo o adolescente, a mãe chegou a dizer que seria “melhor que ele se jogasse na frente de um ônibus” para acabar com os problemas da família.
A delegada responsável pelo caso destacou que a investigação agora também vai apurar denúncias envolvendo a filha de 17 anos. “Estamos diante de um cenário de violência familiar grave, que exige medidas urgentes de proteção”, afirmou.
O auto de prisão em flagrante foi lavrado contra a mãe pelo crime de tortura, previsto na Lei 9.455/97. Já a filha mais velha também deverá responder por participação nas agressões.
O Conselho Tutelar acompanha o caso e está adotando providências para garantir a segurança física e psicológica dos dois irmãos.



