Bem-vindo – 23/11/2024 07:04

Aluno expulso vê homofobia e gordofobia por parte de academia no DF

Alunos tiveram contratos rescindidos via WhatsApp após terem se reunido em banheira da academia. Grupo afirma que não infringiu regras

Um dos alunos expulsos de uma academia de ginástica na 906 Sul após se reunir com outras oito pessoas em uma banheira acusa o estabelecimento de tomar a decisão sem motivo aparente. Ele vê homofobia e gordofobia na ação. Agora ex-aluno, ele ressalta que, dos sete alunos afastados, seis se identificam como LGBTQIAP+. Para ele, além da homofobia, outros tipos de preconceitos por parte da academia Unique. “Também vejo gordofobia nesse caso. Nós somos quem nós somos, e talvez isso incomode por não nos encaixarmos em padrões”, alega.

Sem querer ter o nome divulgado, ele contou que esteve com os amigos em um ofurô no último dia 7, e que, na ocasião, um funcionário teria pedido para que eles deixassem a banheira, o que teria sido prontamente atendido. Até que, na última quinta (11/7), todos eles receberam, via WhatsApp, um comunicado de desligamento, por decisão unilateral. Outros dois, indignados com a situação, pediram rescisão do contrato antes mesmo de receberem a notificação de expulsão. Na mensagem, enviada individualmente a cada uma das pessoas, uma funcionária informa, em nome da academia, que o desligamento aconteceu “devido à violação das regras, conforme previsto na cláusula contratual”.

A norma supostamente infringida seria a “prática de qualquer conduta ofensiva, ilegal ou que, de alguma maneira, cause perturbação ao ambiente”. Um dos banidos, no entanto, nega ter quebrado qualquer regra. “Não houve nenhum ato libidinoso ou algo nesse sentido. Não fizemos nada que fugisse dos padrões”, conta o homem, que solicitou condição de anonimato. “Eu entendo que [a expulsão] foi um ato nada razoável. Se isso não é homofobia, eu não sei o que é. O que há de mais no fato de terem nove pessoas na banheira?!”

Após o comunicado da academia, os alunos procuraram a diretoria para obter explicações, mas não conseguiram nenhuma resposta. Eles apontam, entre outras coisas, que não havia nenhum comunicado no ofurô da unidade com regras expostas para que soubessem quais normas deveriam ter sido respeitadas.

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