Bem-vindo – 15/10/2025 07:01

Alunos de Goiás criam smartwatch que ajuda na autorregulação emocional de estudantes neurodivergentes

Aparelho é uma iniciativa de três alunos de uma escola de Anápolis

Uma inovação tecnológica, nascida em uma sala de aula da rede pública de Goiás, promete tornar o ambiente escolar mais acolhedor e acessível para estudantes neurodivergentes. Trata-se do Sentipulso, um smartwatch sustentável que identifica estados emocionais e auxilia na autorregulação, desenvolvido por três alunos do Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) Dr. Mauá Cavalcante Sávio, em Anápolis.

A criação é dos estudantes Ana Gabrielly Pereira, Pedro Augusto Yoshihara e Anna Beatriz Souza. O projeto foi concebido durante o curso técnico em marketing do Profissionaliza Goiás, uma iniciativa da Secretaria de Educação do Estado (Seduc) em parceria com o Senac de Anápolis, sob a orientação dos professores Kesia Cruz e Túlio Vadeley Silva.

Preocupados com a sustentabilidade, os jovens decidiram construir o protótipo com sucata eletrônica, placas solares reaproveitadas de calculadoras antigas e componentes de baixo custo, como a placa Arduino Uno.

Inovação

O sucesso da ideia foi comprovado nacionalmente. O Sentipulso conquistou o 1º lugar na categoria Referência, área de Engenharias, na 9ª Moscitec, uma das principais mostras de ciência e inovação do país, realizada em Porto Alegre (RS). A vitória rendeu não apenas troféu e medalhas, mas também credenciais para uma feira internacional e a classificação entre os nove finalistas do Desafio Learning Sectors.

Para a professora Kesia Cruz, o projeto é um exemplo do poder do aprendizado prático. “Os alunos aprendem resolvendo problemas reais. No Sentipulso, eles planejaram, testaram, ouviram o público-alvo e aprimoraram a solução. O protagonismo é deles”, afirmou, destacando o desenvolvimento da sensibilidade e do olhar para o próximo.

A estudante Ana Gabrielly refletiu sobre o propósito maior do trabalho. “O Sentipulso nasceu do encontro entre sustentabilidade, afeto e inteligência artificial. Foi mais do que tecnologia; buscamos conectar vidas e abrir caminhos para que a escola seja um espaço sempre humano e acessível”, comemorou.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *