As mensagens, às quais tivemos acesso, expressam o carinho e a admiração dos alunos pela professora Bruna Flor da Escola Estadual Doutor Gerson de Faria Pereira, em Alto Paraíso de Goiás
Alunos da Escola Estadual Doutor Gerson de Faria Pereira, em Alto Paraíso de Goiás, enviaram mensagens de apoio à professora de história Bruna Flor de Macedo Barcelos, que alega ter sido demitida após ter fotos íntimas vazadas por alunos que acessaram pastas privadas do seu celular pessoal. As mensagens, às quais tivemos acesso, expressam o carinho e a admiração dos alunos pela professora.
“Bruna vou sentir muita a sua falta, você era a melhor professora que tinha aqui no Gerson. Te amo muito, você vai ser sempre lembrada”. Outro aluno destacou a influência positiva da professora, dizendo: “É difícil colocar em palavras o quanto aprendi e cresci ao longo deste tempo sob sua orientação. Sua dedicação e paixão pelo ensino deixou uma marca profunda em mim. Vou sentir falta das suas aulas, mas levarei conhecimentos valiosos para toda a vida”.
A Secretaria Estadual de Educação de Goiás (Seduc) negou que a demissão da professora esteja relacionada ao vazamento de fotos íntimas. Segundo a Seduc, Bruna foi contratada em regime emergencial para suprir uma demanda da unidade escolar e seu desligamento se deu devido à convocação de novos professores aprovados no concurso público realizado em 2022.
A Denúncia
Bruna denunciou o vazamento das fotos na Polícia Civil. Ela conta que emprestou o celular para que os alunos pudessem tirar fotos de um evento escolar que, posteriormente, seriam usadas em uma atividade pedagógica. No entanto, eles acessaram pastas particulares e compartilharam as imagens com os demais colegas.
“Me senti violada, violentada. Na sequência, a gestão da escola criou um ofício dizendo que os estudantes se sentiam constrangidos de assistirem às minhas aulas por terem visto minha foto nua. Uma inversão de quem foi vítima na situação”, disse a professora.
“Eu trabalhei até o quinto horário normalmente, sem saber de nada. Enquanto estava todo mundo já sabendo da situação, eu só vim a saber às 18 horas, quando a diretora, no final do dia, me chamou para uma reunião, dizendo que era [uma conversa] só eu entre mim e ela. Mas tinham seis pessoas na sala, me senti inibida e é onde ela me passou o fato. Fiquei estarrecida”, relembrou a professora.
A investigação sobre o caso continua e aguardamos mais informações da delegada responsável.