Homem, de 42 anos, foi preso pela morte de Michele Carvalho, 30 anos. O filho, de 17, está foragido. O crime teria sido por vingança
Logo após o filho matar, por vingança, Michele Carvalho Magalhães, de 30 anos, o pai do adolescente mandou o jovem assassinar também uma testemunha. O crime ocorreu na Estância Mestre d’Armas 5, em Planaltina (DF), na última terça-feira (26/12).
Michelle estava acompanhada de um amigo no momento em que foi morta. O rapaz fugiu logo após os disparos. Segundo o delegado Marcelo Gaia, da 16ª DP (Planaltina), que está à frente das investigações, o pai do adolescente deu a ordem para ceifar também a vida da testemunha, a fim de evitar que a dupla fosse delatada: “Bora [sic], atira! Senão ele vai contar”.
A vítima correu em zigue-zague e conseguiu fugir sem ser alvejada. A polícia aguarda o laudo do Instituto Médico Legal (IML) para dar andamento à investigação, mas já foi confirmado que os disparos atingiram a cabeça e o pescoço de Michelle.
Segundo a apuração da 16ª Delegacia de Polícia (Planaltina), o crime foi motivado por vingança, uma vez que, em abril do ano passado, Michele teria se desentendido com a filha do acusado, e tentou matá-la a tiros.
Carro quebrado
Michelle respondia a esse crime em liberdade. Na madrugada de terça-feira (26/12), o acusado e o filho encontraram a vítima acompanhada de um amigo, ao lado do carro dela, um Fiat Mobi, que estava quebrado.
“Ficou bem claro que os autores encontraram a vítima junto com seu amigo, com o carro que já estava quebrado, e aproveitaram a oportunidade para vingança”, disse o delegado.
O amigo de Michelle chegou a pedir ajuda para empurrar o carro. “Quando Michelle entra e vai ligar o veículo, o menor pergunta: o carro é seu? Ela responde que sim. Ele, de imediato, desfere dois tiros de arma de fogo contra ela”, contou o delegado.
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) informou que, quando a equipe da corporação chegou ao local do ocorrido, a vítima já estava morta. Ela foi achada caída, de bruços, ao lado do veículo. De acordo com a Polícia Civil, momentos antes de o socorro ser acionado, o veículo havia colidido contra o portão de uma serralheria.
Inicialmente, o caso era investigado como feminicídio, segundo protocolo da PCDF para combater a violência contra a mulher. Após a coleta de provas, os policiais mudaram a linha de investigação, que passou a ser tratado como homicídio.