O mandatário brasileiro aponta que encontro presencial pode acontecer durante a Cúpula da ASEAN, que ocorrerá na Malásia
Antes de terminar a reunião por chamada de vídeo, na manhã desta segunda-feira (06), Lula e Trump, deixaram combinado um novo encontro, porém, presencial em breve. O mandatário brasileiro ainda apontou quando pode acontecer durante a Cúpula da ASEAN, que ocorrerá na Malásia. De acordo com o Planalto, Lula recebeu o telefonema do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que prometeu um novo capítulo nas relações entre as duas nações. A conversa, que durou aproximadamente 30 minutos, reavivou a boa química entre os líderes, surgida durante a Assembleia Geral da ONU, realizada em Nova York.
“Essa interação é importante para ambos os países, que são as maiores democracias do Ocidente”, destacou. Em sua fala, Lula sublinhou que o Brasil é um dos três membros do G20 com quem os Estados Unidos registram superávit na balança de bens e serviços. O presidente brasileiro aproveitou a oportunidade para solicitar a remoção da sobretaxa de 40% imposta a produtos brasileiros e a revogação de medidas restritivas que afetam autoridades do país.
Como sinal de comprometimento com o diálogo, Trump designou o secretário de Estado Marco Rubio para dar prosseguimento às negociações. Ele irá estabelecer um canal direto com os principais ministros brasileiros: o vice-presidente Geraldo Alckmin, o chanceler Mauro Vieira e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Essa movimentação demonstra um esforço conjunto para aprofundar os laços comerciais e diplomáticos.
Um dos pontos mais significativos da conversa foi o acordo de ambos os presidentes em se encontrarem pessoalmente em breve. Lula sugeriu a possibilidade de um encontro durante a Cúpula da ASEAN, que ocorrerá na Malásia. Além disso, o presidente brasileiro reiterou o convite para que Trump participe da COP30, programada para ocorrer em Belém (PA). O contato também deixou a porta aberta para uma possível visita de Lula aos Estados Unidos, impetrando um gesto de colaboração em múltiplas frentes.
Para garantir que o diálogo continue fluído, ambos os presidentes trocaram números de telefone, estabelecendo um canal de comunicação direta. A conversa foi acompanhada de perto por uma equipe composta pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, os ministros Mauro Vieira e Fernando Haddad, além do assessor especial Celso Amorim e do secretário Sidônio Palmeira, fortalecendo a estrutura governamental em torno deste novo relacionamento.
Esse avanço nas relações Brasil-Estados Unidos não apenas abre possibilidades para um intercâmbio mais robusto entre as duas nações, mas também oferece uma nova abordagem em tempos de turbulência política e econômica. A expectativa é que, com um diálogo ativo e contínuo, sejam criados novos caminhos para a cooperação em diversas áreas, desde o comércio até questões ambientais.
