Após o corpo do pequeno Thaylor Gael Santos ser enterrado pela família errada por conta da troca por outro neném, a família do menino, que nasceu prematuro, conseguiu sepultá-lo novamente em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. Pai de Thaylor, Jhonatan Freire desabafou.
“Já foi horrível ver meu pequenininho não ter nem a oportunidade de viver e ainda passar por isso depois de falecido, foi um pedaço de mim, muito dolorido, isso não vai sair da minha cabeça”, desabafou. Thaylor foi enterrado na tarde da última quinta-feira (26), após uma decisão da Justiça. O corpo do bebê que ainda estava no Serviço de Verificação de Óbitos (SVO), onde aconteceu a troca, foi sepultado na manhã desta sexta-feira (27), pela família.
“A mãe está em estado de choque, primeiro pela perda inesperada do filho e devido aos acontecimentos. Enterramos para que ela possa descansar e se reestabelecer”, contou o advogado Tiago Alencar Moreira. o advogado disse que a decisão saiu após uma parceria entre ele, que defende a mãe que enterrou o filho errado, e os advogados Vera Lúcia Vieira Caixeta e Caio Soares Sturaro, da defesa da família de Thaylor Gael.
FOTO : TAMIRES MÃE DO BEBÊ DESOLADA
Afastamento
O servidor que trabalhava durante a troca de corpos de bebês no Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) foi afastado, segundo a Prefeitura de Luziânia. Tamires Oliveira Santos disse que o corpo do filho foi reconhecido pela família errada e enterrado.
Em nota, a prefeitura explicou que “reconhece possível erro humano na identificação dos corpos dos bebês” e que abriu uma sindicância para apurar o caso. O caso é investigado pela Polícia Civil (PC).
A troca
Tamires Oliveira Santos, disse que, ao chegar ao SVO para reconhecer o corpo, soube que ele não estava mais lá. “Eu me dei alta pra dar um enterro digno pro meu filho, eu chego pra reconhecer o corpo do meu filho no SVO e meu filho não tá lá mais, meu filho já tá enterrado, foi enterrado por uma família que eu não sei quem é”, desabafou.
A Prefeitura de Luziânia explicou que o reconhecimento dos corpos é feito exclusivamente pela família. Neste caso, a prefeitura disse que “uma das famílias fez o reconhecimento equivocado do corpo de uma das crianças, o que infelizmente causou todo o transtorno”