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Bombeiro morto dentro de casa, no DF, foi baleado por PM durante perseguição policial

Caso ocorreu na tarde de quinta-feira (10), em Ceilândia. PMs perseguiam suspeito de violência doméstica, que invadiu casa do bombeiro; durante confusão, vítima acabou atingida.

foto : Bombeiro militar morto

O tiro que matou o bombeiro Walter Leite da Cruz, de 38 anos, na tarde de quinta-feira (10), em Ceilândia, no Distrito Federal, foi disparado por um policial militar, durante uma perseguição policial. O caso ocorreu na QNO 6, enquanto uma equipe da PM corria atrás de um suspeito de agredir a companheira na região.

Segundo a corporação, o criminoso fugiu pelo telhado das casas, viu o portão da residência do bombeiro aberto e invadiu o imóvel para se esconder. Um dos policiais, então, entrou na casa e encontrou o segundo sargento do Corpo de Bombeiros.

A PM afirma que, assustado, o bombeiro Walter reagiu, e o policial militar acabou atirando contra ele. Em nota, a corporação disse que já adotou todas as providências para apuração dos fatos e elucidação dos acontecimentos.

O bombeiro foi socorrido pelos militares e levado para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC), em estado grave, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade de saúde. Walter deixa a esposa e quatro filhos.

A PM diz que o militar que atirou foi apresentado à Corregedoria da corporação. Já o suspeito que fugia da equipe foi preso e levado para a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam). Ele é investigado por violência contra a mulher.

Apresentação do PM

A apuração do homicídio está com a 15ª Delegacia de Polícia, em Ceilândia. De acordo com o delegado Antônio Dimitrov, o policial que disparou deveria ter sido apresentado na unidade, mas, até a última atualização desta reportagem, o militar havia sido levado apenas à Corregedoria da PM.

Já o porta-voz da Polícia Militar, capitão Raphael Broocke diz que, como o caso ocorreu enquanto o policial militar estava em serviço e “foi um fato típico que está previsto no ordenamento jurídico militar”, ele é apresentado na Corregedoria, onde são adotados os procedimentos de apuração dos fatos.

“Se, no meio do caminho, for identificado que não foi uma conduta tipicamente prevista no Código Penal Militar, e sim no Código Penal Civil, aí sim, todo o bojo probatório, todas as diligências, todos os documentos produzidos são apresentados à Polícia Civil para que eles assumam a investigação”, diz o capitão.

Veja íntegra da nota da PM

A Polícia Militar do Distrito Federal em decorrência dos fatos ocorridos na tarde desta quinta-feira (10), em Ceilândia, lamenta e se consterna diante da fatalidade acontecida.

Informa ainda que já adotou todas as providências para apuração dos fatos e elucidação dos acontecimentos”.

Nota de falecimento

Em nota, divulgada na manhã desta sexta-feira (11), o Corpo de Bombeiros lamentou a morte do militar e informou que a data e local do sepultamento serão divulgados “em breve”.

“A todos familiares e amigos, os nossos mais sinceros sentimentos”, diz o texto.

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