A tutora da cachorrinha Zoe, da raça Lulu da Pomerânia, denunciou que o animal foi brutalmente assassinado durante um banho em um petshop no Bairro Lourdes, na Região Centro-Sul de BH
A tutora da cachorrinha Zoe, da raça Lulu da Pomerânia, denunciou que o animal foi brutalmente assassinado durante um banho em um petshop no Bairro Lourdes, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. A dentista Flávia Corradi relatou que, na quinta-feira (20), como de costume, levou Zoe para banho e tosa. Horas depois, ao entrar em contato com o petshop para saber sobre a cadela, foi informada de que Zoe estaria passando mal devido ao calor.
“Cheguei e vi a veterinária do petshop com um ventilador em cima da Zoe, que estava embrulhada em uma toalha gelada”, contou Flávia. A tutora encontrou o animal com a cabeça ensanguentada e sem movimentos. Zoe foi levada às pressas para um hospital veterinário, mas não resistiu aos ferimentos e morreu em decorrência de politraumatismo. Inicialmente, o tosador do petshop alegou que a cachorra teria ficado “molinha na mão dele e batido a cabeça na ponta de uma tesoura” durante o procedimento de secagem. No entanto, as imagens do circuito de segurança da loja revelaram uma versão diferente dos fatos.
“A imagem é nítida. A Zoe já tinha tomado banho e fez xixi na pata de trás. Ele (o tosador) fica com raiva porque teria que limpá-la novamente, dá um tapa muito forte na cabeça dela e entrega ela para tomar um novo banho”, relatou a tutora. Quando Zoe retornou à mesa de tosa, o tosador, impaciente, fez dois movimentos bruscos em direção à cabeça da cadela.
“O laudo mostra que quebrou o crânio dela todo”, afirmou Flávia.
A família registrou um boletim de ocorrência e a Polícia Civil abriu um inquérito para investigar a morte. Em nota, o pet shop lamentou o “episódio inaceitável” e informou que o funcionário foi demitido por justa causa e denunciado às autoridades. Diante do impacto emocional e profissional causado pelo caso, os responsáveis decidiram encerrar as operações do petshop. “Esse episódio nos atingiu profundamente e nos fez repensar a continuidade de nossas atividades. Embora seja doloroso dar fim a um projeto construído com tanto amor e dedicação, acreditamos que essa é a atitude mais coerente neste momento”, declarou o estabelecimento.
A tutora relatou que Zoe era o apoio emocional da enteada de 11 anos, que enfrentava perdas recentes. “A criança assistiu a morte da própria mãe. Já é uma criança tratando de traumas e perdas consecutivas. A cachorrinha era tudo na vida dela”, lamentou Flávia. Após a denúncia, Flávia passou a receber mensagens e ligações de ameaça da companheira do suspeito, o que a levou a registrar um boletim de ocorrência específico sobre as ameaças. A Polícia Civil informou que a Delegacia Especializada em Investigação de Crimes Contra a Fauna (DEMA) está conduzindo as investigações, realizando oitivas e outras diligências para elucidar os fatos.