Bem-vindo – 30/04/2025 00:40

Caiado alerta sobre cenário nacional de “recessão” e dispara contra Lula: “O Brasil está à deriva”

Governador de Goiás critica gestão fiscal e alerta para riscos de recessão comparável à do governo Dilma 2, com severos impactos para os mais pobres e a classe média

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), voltou a subir o tom contra a condução econômica do governo federal, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em declarações contundentes e carregadas de preocupações, Caiado alertou para os riscos graves de o Brasil mergulhar em uma recessão tão catastrófica quanto a vivida no segundo mandato de Dilma Rousseff (PT), que resultou na perda de quase 4 milhões de empregos formais.

O governador goiano, conhecido por seu perfil pragmático e discurso direto, não poupou críticas à política fiscal do governo Lula, classificando-a como negligente e incapaz de oferecer soluções concretas para os impasses econômicos e sociais que se agravam a cada dia.

Risco iminente de recessão: o alerta de Caiado

Para Caiado, o momento atual da economia brasileira apresenta sinais alarmantes de deterioração, que remetem diretamente ao colapso econômico vivido entre 2014 e 2016, durante o segundo mandato de Dilma Rousseff. Ele destacou que o acúmulo de dívidas públicas está em patamares similares ao de países em guerra, um sinal claro de descontrole fiscal que compromete não apenas a capacidade do governo em investir, mas também a confiança de investidores – tanto internos quanto externos.

Outro ponto de atenção, segundo Caiado, é a disparada do dólar. Apesar de o mundo caminhar para uma relativa estabilização econômica após o auge da pandemia de Covid-19, o Brasil enfrenta uma desvalorização crescente do real. O dólar hoje está em um patamar significativamente superior ao registrado durante os piores momentos da crise sanitária global, o que impacta diretamente o custo de importações e, consequentemente, a inflação.

“O governo Lula 3 está prestes a jogar o país em uma recessão tão profunda quanto a produzida pela gestão Dilma 2, que dizimou quase 4 milhões de empregos formais. Dívida publica similar a de países em guerra e o dólar muito mais alto do que o registrado na pandemia.”, declarou o governador.

Inflação castiga famílias brasileiras

O governador também demonstrou profunda preocupação com os efeitos da alta inflação sobre a população brasileira, especialmente os mais pobres e a classe média, que já lidam com dificuldades para se recuperar das crises anteriores. Ele criticou a ineficiência do governo federal em promover ações concretas que possam conter a escalada de preços, argumentando que o descontrole fiscal apenas aprofunda o problema.

O aumento de preços afeta diretamente não apenas os alimentos básicos, mas também produtos importados, medicamentos e combustíveis, tornando a vida cada vez mais cara para o brasileiro médio. O impacto é ainda mais severo nas periferias e entre as famílias de baixa renda, que já enfrentam dificuldades para acessar serviços essenciais.

Segundo Caiado, o governo federal falha não apenas no diagnóstico da crise como também na ação prática para enfrentá-la.

Como médico de formação e político de longa trajetória, Ronaldo Caiado também aproveitou para criticar o discurso do presidente Lula sobre bem-estar social e combate às desigualdades. Para ele, não existe “bem-estar social” em um ambiente onde a população não tem condições de melhorar de vida. De acordo com o governador, programas sociais assistencialistas, sem um plano econômico estruturado, podem aliviar momentaneamente a situação de famílias em extrema vulnerabilidade, mas não resolvem os problemas reais que impedem o crescimento e o desenvolvimento do país.

“A pressão inflacionária está corroendo o poder de compra dos brasileiros, penalizando especialmente os mais pobres e a classe média. Não existe bem-estar social quando não é possível melhorar de vida.”, afirmou Caiado.

Além das críticas à gestão econômica em si, o governador goiano apontou para outro aspecto que, em sua visão, torna a situação ainda mais grave: a postura do presidente Lula em “terceirizar a culpa” dos problemas econômicos enfrentados pelo Brasil. Caiado afirmou que, em vez de assumir responsabilidade pelas consequências das decisões de seu governo, o presidente prefere atribuir os problemas enfrentados pelo país a gestões anteriores, ao mercado financeiro ou a fatores externos.

“No lugar de assumir a responsabilidade por uma crise produzida pela negligência fiscal de seu governo, o presidente Lula terceiriza a culpa de suas ações, deixando o Brasil à deriva.”, declarou.

A postura crítica de Ronaldo Caiado em relação aos rumos econômicos do Brasil reforça o papel do governador de Goiás como uma das principais lideranças políticas do país. Sua experiência como gestor de um estado economicamente relevante lhe dá credibilidade para criticar a condução federal, enquanto seu pragmatismo aponta para soluções pautadas na responsabilidade fiscal e no desenvolvimento sustentável.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *