Candidatos têm apenas 10 dias para convencer e atrair de vez o voto do eleitor.
Faltando apenas 10 dias para que os eleitores decidam nas urnas quem irá comandar o Estado de Goiás pelos próximos quatro anos, resta muito pouco tempo para que os candidatos, principalmente aqueles que estão atrás nas intenções de votos, se recuperem.
Ronaldo Caiado
Nestes 38 dias de campanha, ocorreram erros e acertos. Iniciando pela linha adotada pelo candidato à reeleição Ronaldo Caiado (União Brasil). com um grupo aliado forte, com mais de 214 prefeitos, puxando votos, Caiado não teve dificuldade de chegar aos eleitores mais distantes do Estado. Foi basicamente levado no boca a boca pelos quatro cantos de Goiás, sem falar que sua imagem por si só, como governador, já está em vantagem por estar o tempo todo em evidência.
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O QG de Caiado também acertou em convencê-los a ir aos debates. Alvo fácil dos adversários, o atual governador teria mais a perder do que a ganhar em um confronto com outros candidatos, neste momento ele é a vidraça recebendo pedradas de todos os lados. o candidato do União Brasil teve tempo de mostrar que conseguiu avançar na segurança e, principalmente, na gestão fiscal. Neste período, Goiás ganhou nota B, selo de bom pagador, do Tesouro Nacional. Um gestor que vai bem na economia tem grandes chances de se reeleger. Outro trunfo de Caiado foi não ter um Governo com denúncias de corrupção. Até o momento, o governador lidera as pesquisas de intenções de votos com possibilidade de vencer no primeiro turno.
Gustavo Mendanha
Com a missão de se tornar conhecido no interior do estado, Gustavo Mendanha (Patriota), principal adversário de Caiado nestas eleições, andou muito pelo estado. com 58 segundos para falar sobre suas propostas, o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia buscou o auxílio das redes sociais para chegar ao máximo de eleitores. Em uma aliança forte com o Republicanos, conseguiu crescer nas pesquisas. Saiu dos 16% para, segundo pesquisas, média de 22%. Porém, sem que seus adversários Major Vitor Hugo (Pl) e Wolmir Amado (PT) crescessem nas intenções de votos, pode não conseguir levar a disputa ao segundo turno, onde teria igualdade para enfrentar Caiado.
Com Daniel Vilela (MDB), um de seus principais aliados, no lado oposto, Mendanha sofreu ataques e inclusive teve seu trabalho à frente da prefeitura desqualificado. A avaliação é que o ex-prefeito apenas concluiu as obras de seu antecessor, Maguito Vilela, pai de Daniel. O Patriota segue correndo contra o tempo e a esperança para um segundo turno está no crescimento de Vitor Hugo e Wolmir Amado, o que o beneficiaria.
Vitor Hugo
Falando no deputado federal, ex-líder de Bolsonaro na Câmara, a avaliação de sua campanha não tem nada de boa. Vitor Hugo passou 38 dias de sua campanha pregando para “convertidos”, ou seja, aos simpatizantes da direita e para extremistas.Colando a imagem com a de Bolsonaro, o candidato tentou transferir votos, não deu certo. na TV, foi punido por deixar Bolsonaro no ar por mais tempo que o permitido, não apresentou propostas, não detalhou seu plano de Governo.
Vitor Hugo até o momento não foi candidato e sim um cabo eleitoral de Bolsonaro no estado. Inclusive, desde o início da campanha, Bolsonaro não veio a Goiás pedir voto para seu candidato. o presidente tem outras preocupações, se reeleger. A maioria das pesquisas apontam que Vitor Hugo não conseguiu chegar a 6% das intenções votos. Não andou politicamente e nem de longe representa perigo a Caiado e Mendanha. No caso do Patriota, seria importante um crescimento do candidato do PL para levar a disputa para o segundo turno.
Chapa puro-sangue, Vitor Hugo viu seu candidato ao senado crescer nas intenções de votos. Wilder Morais está tecnicamente empatado nas pesquisas registradas na Justiça Eleitoral, mas ele mesmo não saiu do lugar. Buscou uma vice do entorno, a pastora Keila Borges, que sequer aparece em sua campanha e muitos não sabem quem é. o que dá entender que a preocupação do candidato é mostrar o Bolsonaro, que tem uma grande possibilidade de ser Reeleito.
Talvez, o Major candidato fique atrás até de Wolmir Amado (PT), que não possui cargo eletivo, e é candidato de Lula em Goiás.
Wolmir Amado
A esperança era que o candidato do PT crescesse com o início da campanha eleitoral, mas a candidatura minguou e não decolou. Passou os 38 dias oscilando dentro da margem de erro. Mesmo usando a imagem de Lula e focando no mais pobre, Wolmir Amado não viu o número de eleitores crescer. Com pouco recurso, o ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás não deve passar dos 5% dos votos nas eleições de outubro, mesmo tendo o segundo melhor tempo de TV.
