Bem-vindo – 23/11/2024 06:56

Casal dono de clínica de reabilitação é preso por suspeita de homicídio, maus tratos e tráfico de drogas no DF

Polícia investiga morte de paciente de 50 anos no local. Prisões ocorreram na madrugada desta segunda-feira (6).

Um casal, dono de uma clínica de reabilitação para dependentes químicos na zona rural de Brazlândia, no Distrito Federal, foi preso na madrugada desta segunda-feira (6) pelos crimes de homicídio, maus tratos e tráfico de drogas. Segundo a 18ª Delegacia de Polícia, de Brazlândia, a investigação começou há 6 meses, depois da morte de um paciente da clínica.

O homem, de 50 anos, foi encontrado sem vida dentro da clínica. O laudo cadavérico apontou como causa da morte “intoxicação aguda por substância exógena”, diz a polícia.

À época, testemunhas contaram aos policiais que havia práticas de maus tratos no local.

“Os pacientes eram resgatados do ambiente familiar com o uso de força e, depois de internados no centro terapêutico, eram submetidos a maus tratos e espancamentos”, diz a investigação da polícia.

Ainda de acordo com o inquérito, se os internos não concordassem com as regras estabelecidas pela clínica eles eram obrigados a ingerir altas doses ou coquetéis de medicamentos que os deixavam dopados, a ponto de perder o controle corporal.

A 18ªDP pediu interdição temporária do estabelecimento, que foi aceita pelo Poder Judiciário. Mesmo com as atividades da clínica suspensas, a investigação prosseguiu.

A morte do paciente

De acordo com o laudo cadavérico, no corpo do homem de 50 anos foram encontradas substâncias compatíveis com os relatos envolvendo os citados coquetéis de medicamentos, que os pacientes dizem que eram obrigados a ingerir.

“As substâncias eram diferentes das que estavam prescritas para o tratamento médico da vítima”, diz a polícia.

A PCDF também cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do casal dono da clínica. Os agentes encontraram medicação de uso controlado sem receitas médicas, receituários em branco e um simulacro de arma de fogo.

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