Caso ocorreu no Gama. Pai de dois meninos observado por susposta agressão mandou mensagem ameaçando conselheiro
Um conselheiro tutelar foi ameaçado de morte na último semana no Distrito Federal. O servidor foi atacado pelo pai de duas crianças, após uma visita a residência da família. O caso ocorreu no Gama, na última quinta-feira (18/1). O conselheiro, de 37 anos, foi até o local para verificar um suposto caso de agressão e maus-tratos contra as crianças de uma família. Em casos do tipo, o Conselho Tutelar realiza diversas visitas e apenas encaminha a ocorrência para o Judiciário se não houver melhora da situação.
Após a visita de quinta, o homem enviou uma mensagem no WhatsApp do próprio Conselho Tutelar do Gama afirmando que, caso perdesse a guarda dos filhos, mataria o servidor. “Se eu perder a guarda dos meu filhos eu mato o conselheiro, pode crer”, escreveu.
O servidor afirmou que atua como conselheiro há cinco anos e foi a primeira vez que recebeu ameaça de morte. “É uma sensação de insegurança. A gente tem os vigilantes, mas eles cuidam mais do patrimônio. Nós, conselheiros, não temos uma segurança especializada para situações como essa”, disse.
O servidor registrou ocorrência e avisou a Secretaria de Justiça, responsável pelos Conselhos Tutelares do DF, sobre o ocorrido.
Ameaças a conselheiros do DF
Outros casos de ameaça a conselheiros tutelares chamaram a atenção em ano anteriores no DF. Em dezembro do ano passado, por exemplo, um homem de 49 anos ameaçou uma conselheira tutelar dentro da unidade da Estrutural. Segundo a vítima, o cidadão teria sido condenado por violação dos direitos de crianças e perdeu a guarda dos filhos.
Já em abril, outro conselheiro foi ameaçado de morte pelo pai de três crianças vítimas de espancamento, no Gama. Depois de o agressor ser alvo de denúncia pelas agressões cometidas contra os filhos, o Conselho Tutelar pediu a transferência dos meninos para um abrigo público. Um dia após a decisão pelo afastamento das crianças do convívio familiar, o agressor ameaçou dar “10 tiros na cara” do conselheiro.