Além do senador goiano, outros quatro parlamentares também serão investigados pela Casa por declarações ofensivas.
O presidente do Conselho de Ética no Senado, Jayme Campos (UB-MT), anunciou o recebimento de denúncias contra o senador goiano Jorge Kajuru (PSB), que foi acusado na Casa de divulgar uma gravação de Jair Bolsonaro sem autorização. O próprio parlamentar negou a acusação, assegurando ter tido o aval do ex-presidente.
Além de Kajuru, outros senadores também serão investigados pelo conselho – Cid Gomes (PDT-CE), Styvenson Valentim (Podemos-RN) e Randolfe Rodrigues (sem partido) – mas por declarações consideradas ofensivas.
No caso do processo do senador goiano, o conselho vai apurar o vazamento do trecho do áudio de uma conversa de Kajuru com o presidente Jair Bolsonaro sobre a CPI da Pandemia. Na gravação Bolsonaro xinga o senador Randolfe de bost* e ameaça agredi-lo.
“Mas se você não participa, daí a canalhada lá do Randolfe Rodrigues vai participar. E vai começar a encher o saco. Daí, vou ter que sair na porrada com um bosta desse”, diz o então presidente.
Para apurar os casos, Jayme Campos afirmou que os relatores já designados por sorteio terão prazo para analisar as denúncias e ouvir os senadores alvos das representações.
No processo, é preciso abrir o direito ao contraditório aos senadores, que têm direito à ampla defesa. Após essa etapa, o relator irá acatar ou rejeitar as denúncias. Apresentado o relatório, se for pelo arquivamento, os processos irão para votação e serão cumpridas as regras do Regimento Interno do Conselho de Ética, além da Constituição.
Com base em parecer da Advocacia do Senado, o presidente do Conselho de Ética decidiu arquivar outras representações, incluindo as contra ele mesmo, o ex-senador Paulo Rocha (PT-PA), Davi Alcolumbre (União -AP), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Humberto Costa (PT-PE) e Damares Alves (Republicanos-DF).
