Nova confusão ocorreu após o deputado do PL ironizar a vida pessoal da deputada, após ela declarar em entrevista à Rádio Sucesso que namora homens mais jovens.
A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) viveu mais um dia de clima tenso e sessões encurtadas. O Conselho de Ética da Casa instaurou na terça-feira (28) dois processos disciplinares para investigar os deputados Amauri Ribeiro (União Brasil) e Bia de Lima (PT) após trocas de acusações e representações formais de ambos os lados.
Na semana passada, Amauri ironizou publicamente a vida pessoal da deputada, após ela declarar em entrevista à Rádio Sucesso que namora homens mais jovens. A provocação gerou forte repercussão e levou ao encerramento precoce de duas sessões consecutivas.
Na sessão desta terça-feira, mais uma vez o plenário virou palco de tensão e torcidas organizadas. As galerias, lotadas, se dividiram entre apoiadores de Amauri e apoiadores de Bia, lembrando estádios em dia de clássico. Com ânimos acirrados, o presidente da Casa, Bruno Peixoto (UB), precisou interromper os trabalhos mais cedo, alertando que manifestações nas galerias estavam prejudicando o andamento da sessão.
Bia de Lima usou a tribuna para agradecer pela instauração do processo contra seu colega de parlamento e disse que sofre ataques desde o início do mandato. “As formas de se dirigir a mim sempre foram subjetivas, violentas, agressivas, chulas e tacanhas”, afirmou a deputada em discurso emocionado.
Amauri Ribeiro, por sua vez, evitou o microfone. Chegou ao plenário cerca de uma hora após o início da sessão, momento em que os ânimos dos apoiadores explodiram de vez, levando ao encerramento definitivo da sessão.
Após os novos episódios, ambos os deputados protocolaram denúncias mútuas. Os pedidos seguiram para a Corregedoria da Alego, que instaurou os processos e os encaminhou ao Conselho de Ética.
O presidente do Conselho de Ética, Charles Bento (MDB), foi escolhido como relator e prometeu entregar um parecer ainda nesta semana.
Histórico
A confusão entre os parlamentares não é novidade. Só Bia de Lima já protocolou cinco representações contra Amauri Ribeiro desde 2023, todas apontando episódios de violência política de gênero.
