Conforme as autoridades de segurança do governo do Rio de Janeiro, todos os outros 117 mortos tinham ligação com o crime organizado

Um delegado que participou da megaoperação da última terça-feira, 28, na zona norte do Rio de Janeiro, teve a perna amputada depois de ser baleado durante a ofensiva policial. A situação do agente foi informada durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 31, com o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, o secretario de Segurança, Victor Santos.
O também delegado André Neves, Diretor do Departamento Geral de Polícia, postou uma foto ao lado de Bernardo e escreveu uma mensagem torcendo pela melhora do amigo. “Você vai sair gigante dessa batalha. Sua força e coragem representam o melhor da nossa Polícia Civil”. Batizada de Contenção, a megaoperação policial ocorreu nos complexos da Penha e do Alemão e mirou lideranças do Comando Vermelho. Ao menos 121 pessoas morreram, sendo quatro policiais – dois civis e dois militares.
Segundo o Coronel Marcelo de Menezes, da PM, em entrevista coletiva concedida para a imprensa nesta semana, outros 12 ficaram feridos. Os criminosos reagiram as incursões policiais, com tiros de fuzil e até lançamento de granada por drones. Os polícias que foram vítimas da operação são Heber Carvalho da Fonseca, que era sargento do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Ele foi atingido durante o confronto e levado para o Hospital Getúlio Vargas, mas não resistiu.
O sargento Cleiton Serafim Gonçalves, de 42 anos, também do Bope, e os policiais civis Marcos Vinicius Cardoso Carvalho, 51, e Rodrigo Velloso Cabral, 34, foram os outros três agentes que morreram nas incursões. Conforme as autoridades de segurança do governo do Rio de Janeiro, todos os outros 117 mortos tinham ligação com o crime organizado e com tráfico de drogas. Ao todo, a operação prendeu 113 suspeitos e apreendeu 91 fuzis.



