Ministério do Trabalho e Previdência informou que os homens estavam trabalhando na extração de eucalipto.
Fiscais do Ministério do Trabalho atuaram em uma operação de resgate de dez trabalhadores em situação análoga à escravidão em Santo Antônio do Descoberto, município goiano no Entorno do Distrito Federal. Os homens estavam alojados em casas improvisadas, sem móveis, sujas, e dormiam em colchões e pedaços de espuma.
O resgate foi feito por auditores fiscais no dia 17 deste mês, mas divulgado na última sexta-feira (20). A operação foi realizada pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel, a Inspeção do Trabalho, em ação conjunta com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
De acordo com o Ministério do Trabalho e Previdência, os homens estavam trabalhando na extração de eucalipto. Em uma das residências havia morcegos e o banheiro não tinha pia, descarga e nem água quente no chuveiro.
O esgoto que saía das casas era despejado em um rio, de onde os trabalhadores tiravam água para beber. Além disso, não eram fornecidos equipamentos de proteção individual. Sete trabalhadores eram da Paraíba, da cidade de Cutié, e os outros são oriundos de outros municípios do Entorno do DF.
Empresa mantinha funcionários em situação de escravidão
Por não ter o nome divulgado, o Mais Goiás não conseguiu localizar a defesa da empresa que era responsável pelos trabalhadores. O governo divulgou que após a notificação, o empregador firmou um termo de ajustamento de conduta e pagamento de cerca de R$ 33 mil.
Parte do valor foi pago aos trabalhadores e foi garantido o retorno deles para suas cidades de origem. O empregador deverá também pagar o valor que eles gastaram para ir até Brasília.
O governo afirmou que foram entregues as guias de Seguro-Desemprego do Trabalhador Resgatado para os trabalhadores que possuíam cadastro no PIS. O MTP disse que cada um deles terá direito a três parcelas do seguro-desemprego especial, cada um no valor de um salário mínimo.