O ataque teria ocorrido após uma discussão iniciada pelos clientes, que mencionaram um suposto caso de traição
Os proprietários de um pit-dog teriam jogado uma panela com óleo quente em uma cliente após uma discussão, em Araguapaz, a 260 km de Goiânia, no último domingo (9). A vítima, uma mulher de 38 anos, teve diversas queimaduras de terceiro grau em 60% do corpo e está internada no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) aguardando uma raspagem.
Segundo o marido da vítima, o casal e os proprietários da lanchonete eram amigos de infância. A confusão teria começado devido a uma brincadeira que a vítima costumava fazer, chamando o lanche de “X-Cowboy”, uma referência a um suposto caso extraconjugal envolvendo a proprietária. No entanto, o marido nega que a esposa tenha feito o comentário no dia do ataque.
Após o casal pedir o lanche, o filho dos proprietários teria iniciado as agressões, o que levou a uma briga generalizada. A proprietária pegou um cabo de rodo e atacou a vítima, enquanto o proprietário derrubou o marido. Em seguida, a proprietária foi até a cozinha, pegou uma panela de óleo quente e despejou o líquido sobre a vítima.
Versão dos proprietários e investigações
Os proprietários do estabelecimento prestaram depoimento e alegam que a vítima os provocou durante toda a noite, mencionando um caso de traição. Eles afirmam que a briga começou após o casal agredir o filho deles, de 12 anos, e que a proprietária teria jogado o óleo quente para se defender, atingindo inclusive o próprio marido, que tentava apartar a confusão. O marido da proprietária sofreu queimaduras graves no braço esquerdo.
Segundo o delegado titular de Mozarlândia, Willian Caio da Silva, não há registros de imagens de câmeras de segurança ou de populares que possam corroborar as versões dos envolvidos. As investigações estão em andamento, e os proprietários estão sendo investigados por lesão corporal simples, lesão corporal qualificada por deformidade permanente, difamação, injúria, ameaça e dano.
Para evitar novos conflitos, o delegado responsável pelo caso solicitou uma medida cautelar, proibindo que as partes se aproximem. O objetivo é evitar que a situação se agrave. Caso haja descumprimento da medida, os envolvidos poderão ser presos preventivamente.