Entre as propostas centrais, o governador de Goiás defende o fim das visitas íntimas para presos ligados a facções, visando o isolamento e monitoramento rígido
Pré-candidato à Presidência da República, Ronaldo Caiado (UB) apresentou um plano nacional para combater organizações criminosas como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC). O plano, segundo Caiado, visa enfrentar a crescente violência e a expansão territorial das facções criminosas no Brasil.
Entre as propostas centrais, Caiado defende o fim das visitas íntimas para presos ligados a facções, visando o isolamento e monitoramento rígido desses detentos nos presídios. “Haverá isolamento e monitoramento rígido de faccionados nos presídios”, afirmou.
O plano também inclui o aumento de vagas em penitenciárias estaduais e a criação do Ministério da Segurança Pública e de uma nova polícia com “alcance nacional”. De acordo com Caiado, a nova corporação de âmbito federal teria “aparato e capacidade de dar suporte operacional aos estados” no enfrentamento ao crime.
“Será uma polícia altamente preparada e equipada, à disposição dos estados em caso de tensões, emergências e operações especiais que demandem apoio”, detalhou.
Caiado defende que os estados possam legislar sobre crimes que afetem, de forma particular, a realidade da segurança local. Ele propõe ainda que o governo federal financie a abertura de 300 mil vagas nos presídios estaduais para “garantir um sistema prisional menos sobrecarregado e mais efetivo na reeducação dos detentos”.
As ações defendidas por Caiado também envolvem uma mudança na atuação do Exército em operações nas fronteiras e o uso de tecnologias como drones, helicópteros e outros equipamentos para recuperar territórios dominados por facções.
“É necessário desenvolver operações especializadas em portos e regiões litorâneas, com instrumental sofisticado, para estrangular as rotas de armas e drogas do país. E articular uma ação internacional, em conjunto com todos os países interessados, para que os produtores de cocaína como Peru, Bolívia e Colômbia tenham respaldo político e econômico para desativar a produção e o refino da droga”, afirmou o governador de Goiás.
Medidas de Caiado para a Segurança Pública:
- Criar o Ministério da Segurança Pública.
- Apoiar a alteração da legislação brasileira, dando mais liberdade aos estados para legislarem em relação a crimes que interfiram de forma particular na realidade da segurança de sua população.
- Respaldar politicamente e financeiramente os estados na construção de 300 mil novas vagas em penitenciárias, para garantir um sistema prisional menos sobrecarregado e mais efetivo na reeducação dos detentos.
- Isolamento e monitoramento rígido de faccionados nos presídios, sem direito a visitas íntimas.
- Criar uma polícia no âmbito federal com todo aparato e capacidade de dar suporte operacional às forças estaduais no enfrentamento ao crime. Será uma polícia altamente preparada e equipada para ficar à disposição dos estados em caso de tensão, emergências e operações especiais que demandem apoio.
- Ampliar a parceria com o exército brasileiro na execução de ações nas fronteiras e no litoral, utilizando equipamento sofisticado e tropas bem preparadas.
- Recuperar territórios tomados por facções, com utilização de drones, helicópteros e demais aparatos tecnológicos para dar mais segurança e efetividades às ações das forças policiais.
- Desenvolver operações especializadas em portos e regiões litorâneas, com instrumental sofisticado, para poder estrangular as rotas de armas e drogas do país.
- Articular uma ação internacional, em conjunto com todos países que tiverem interesse, para que os países produtores de cocaína (Peru, Bolívia e Colômbia) tenham respaldo político e econômico para desativar a produção e o refino da droga.
Críticas à PEC da Segurança Pública
Ronaldo Caiado criticou pontos da chamada PEC da Segurança Pública, enviada ao Congresso pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Para o governador, a proposta do governo Lula “não enfrenta o caso específico da violência no Brasil, que envolve as facções do PCC, Comando Vermelho e tantas outras que ocupam as capitais brasileiras”.
“O governo federal ignora sua própria responsabilidade no enfrentamento do crime organizado. O tráfico de drogas, o contrabando de armas e os crimes financeiros são questões federais, e a União tem falhado gravemente no combate a essas ameaças”, afirmou Caiado.
“O cidadão está vendo o nível da criminalidade hoje, é impressionante. Há regiões totalmente dominadas por facções, onde as pessoas não têm liberdade para circular com segurança. Esse é o ponto que toma conta do Brasil. Ou seja, a complacência do governo federal com o narcotráfico fez com que eles expandissem as ações e ocupassem grande parte do território brasileiro. Não podemos permitir territórios comandados pelo crime, onde o Estado não se faz presente”, concluiu Caiado.
* Com informações de Metrópoles