A soldado teria pedido grandes quantias a colegas de farda, entre praças e oficiais da PMDF. Apenas um tenente teria emprestado R$ 200 mil
Uma soldado da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), com pouco tempo de farda, carrega um segredo que consome não apenas seu salário, mas também sua paz. A praça teria contraído dívidas altíssimas, que chegariam a R$ 700 mil, após apostar compulsivamente em jogos on-line, em especial no popular “Tigrinho” — aplicativo que simula caça-níqueis e é amplamente divulgado nas redes sociais.
Ao todo, estima-se que ela tenha tomado cerca de R$ 700 mil emprestados nos últimos meses, sempre prometendo devolver em poucos dias, alegando “investimentos rápidos” e “oportunidades únicas”. Em uma verdadeira bola de neve, a soldado tentou ganhar dinheiro jogando ainda mais para tentar arcar com as dívidas, mas a fixação em apostas saiu do controle e todo o dinheiro foi perdido.
Apuração
O “Tigrinho” e outros jogos de azar on-line seguem ativos e amplamente divulgados nas redes sociais, mesmo com denúncias de vício e prejuízos milionários. Para a soldado, no entanto, a promessa de riqueza rápida se transformou em um rombo quase impossível de reparar.
Procurada pela coluna, a PMDF informou, mediante nota, que a Corregedoria-Geral da corporação tomou ciência dos fatos pelos meios formais e que a ocorrência foi registrada e será apurada.