Governador respondeu sobre o fato ao jornal Estadão e disse que expulsou a empresa de Goiás.
O governador Ronaldo Caiado (União) foi questionado pela reportagem do jornal Estadão sobre como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deve lidar com a concessionária de energia Enel. Ao responder, Caiado foi enfático: “Enel é caso de polícia. Tem que ser jogo pesado. Em Goiás, consegui expulsá-los”.
A empresa foi praticamente expulsa de Goiás após uma gestão marcada por desrespeito ao consumidor e uma péssima prestação de serviço. Com medo de ser descredenciada por enfrentar questionamentos por não cumprir metas, além de registrar índices negativos de desempenho, em setembro do ano passado, a Enel se antecipou e vendeu a distribuição de energia no estado por R$1,6 bilhão à Equatorial Energia, após aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A situação em Goiás foi gravemente afetada ao ponto de deixar os moradores mais de 23 horas sem energia elétrica, muito acima do limite estabelecido de 13,44 horas. Atualmente, os moradores de Goiás testemunham o descaso da empresa com os paulistas. Na sexta-feira (03), uma tempestade na capital de São Paulo derrubou árvores sobre a rede elétrica, causando grandes transtornos. Desde então, a inércia da concessionária tem causado revolta não só na população, mas também no meio político.
As autoridades se sentem desmoralizadas e impotentes, pois dependem de uma empresa que não age. Até a terça-feira (07), cerca de 200 mil clientes da Enel ainda estavam sem energia elétrica, ou seja, quase 100 horas no escuro. Em nota à imprensa nacional, a Enel disse apenas que “até o momento, cerca de 1,9 milhão de clientes tiveram o serviço normalizado, de um total de cerca de 2,1 milhões afetados na última sexta-feira”.
Eles afirmam que aproximadamente 3 mil profissionais estão trabalhando incessantemente para acelerar os atendimentos e normalizar o fornecimento para quase todos os clientes até esta terça-feira (07), conforme anunciado em reunião com o prefeito de São Paulo. No entanto, nesta quarta-feira (08), ainda há 30 mil paulistas sem luz.