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Enel pede R$ 10 bilhões, começa receber propostas e distribuidora Celg-D pode ser vendida em 1 mês

A Enel contratou o Itaú BBA para coordenar o processo, que envolve equity e dívidas. As empresas Equatorial, Energisa, CPFL, EDP e Neoenergia estariam no páreo pela Celg-D.

A empresa Italiana Enel, concessionária responsável pela distribuição de energia elétrica em Goiás, que adquiriu a Celg-D em por $ 2,1 bilhões em um leilão de privatização no ano 2016, agora vende a distribuidora e quer cerca de R$10 bilhões, incluindo dívidas.

A Enel contratou o Itaú BBA para coordenar o processo, que envolve equity, ou seja, patrimônio líquido, investimentos da empresa, entre outras ações, e as dívidas.

Segundo o site Pipeline, especializado em negócios do Valor Econômico, as empresas interessadas em adquirir a concessão em Goiás devem começar a enviar suas propostas nesta semana. Entre elas estão Equatorial, Energisa, CPFL, EDP e Neoenergia.

Como se trata de lance único, já que a empresa optou por não fazer processo faseado entre não vinculante e vinculante, as companhias que vão entrar com proposta estão buscando bancos nas últimas semanas para garantir financiamento.

Com as propostas e negociações, a venda efetiva deve sair em um mês.

Desde que foram divulgadas notícias quanto às negociações da “venda da concessão”, em 25 de abril, as ações da Enel começaram a subir. Especialistas avaliam que a venda por cerca de R$ 10 bilhões, valor considerado muito alto, demonstra que a empresa italiana, desde à aquisição da distribuidora em 2016, tinha o interesse exclusivo de “capitalização”, ou seja, comprar para revender, desprezando a qualidade da prestação do serviço à população.

A avaliação vai de encontro com a insatisfação da população goiana com a prestação de serviços da empresa e a avaliação do Governo de Goiás, que aponta que a Enel sempre esteve distante de honrar compromissos acertados quando o contrato foi assinado no início de 2017.

Em busca de acompanhar de perto o processo, o estado tem aberto canais junto a Enel e já promoveu reuniões com a Aneel e Ministério de Minas e Energia.

O contrato entre o Governo e a Enel aponta índices e metas de qualidade que devem se cumpridos para a manutenção da concessão, como a média da duração das interrupções de fornecimento e a frequência de quedas de abastecimento, números esses que não estariam sendo atingidos pela empresa italiana, pelo contrário, operando distante do ideal, segundo o Executivo estadual.

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